Caprichosos da Harmonia lança sua sinopse para o Carnaval Virtual 2019

A Caprichosos da Harmonia lançou a sua sinopse para a disputa do Carnaval Virtual 2019 pelo Grupo de Acesso B. A agremiação azul e branca vai à Parintins contar o enredo “OPERETA TUPINAMBARA – BEM VINDO À ILHA ENCANTADA” de autoria de Douglas Souza, também carnavalesco da escola. O presidente Leonardo Rodrigues também confirmou Felipe Lima nos vocais da agremiação.

A Caprichosos da Harmonia em busca da ascensão ao grupo de Acesso A do Carnaval Virtual, vem com um enredo em homenagem sobretudo à cultura brasileira e convida todos para embarcar em uma viajem encantada pela Ilha de Parintins para conhecer e desvendar suas lendas, mitos e encantos. – fez o convite o presidente Leonardo, que também nos conta um pouco mais sobre o enredo da escola.

É um enredo em homenagem à cidade de Parintins, que é conhecida por ser a capital nacional do folclore brasileiro, com diversas misturas bem presente no dia a dia da Ilha. Faremos um passeio por toda a história da Ilha, desde os primórdios da fundação do lugar, até a participação nos dias atuais. Não podemos falar de Parintins, sem mencionarmos os dois bois bumbá do folclore, o boi azul Caprichoso e o boi vermelho Garantido. Nosso enredo será abençoado por Nossa Senhora do Carmo, padroeira dos parintinenses.




Confira a sinopse na íntegra abaixo

“OPERETA TUPINAMBARA – BEM VINDO À ILHA ENCANTADA”

Justificativa do enredo:

Para a disputa do carnaval virtual 2019 a Caprichosos da Harmonia aposta na história de uma das mais culturais cidades do nosso país, onde todo ano as atenções do Brasil e do mundo se viram: Parintins.

Nossa proposta é contar desde o “achamento” da cidade, sua colonização passando por sua religiosidade e lendas e finalizando com a maior ópera à céu aberto que é o Festival Folclórico de Parintins. Embarque nessa viagem encantada com a Caprichosos rumo à Ilha da Magia.

 

Sinopse:

1º Setor – A descoberta e “achamento” de Tupinambarana

O ano é 1796…

A região é “fundada” quando José Pedro Cordovil ganha de presente a ilha da rainha D. Maria I. José decide então nomina lá de Tupinambarana. Para ilha, ele leva seus escravos e demais agregados para dedicar-se a pesca do pirarucu e a plantação de cacau.

E então em 1803 ele devolve a Rainha o presente, que a aceita de volta e oferta a uma missão religiosa da coroa portuguesa. É neste momento que o capitão-mor do Pará Conde dos Arcos delega ao Frei José das Chagas a direção da ilha e a nomeia como Vila Nova da Rainha. A atuação de Frei José faz com que o progresso chegue a Vila Nova da Rainha com a agricultura, fazendo com que em 1833 a ilha seja elevada à freguesia.

Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana, esse é o nome dado a nova freguesia da região do rio Amazonas quando iniciou-se a revolução dos cabanos no Pará que se alastra pela província. Uma das poucas regiões que não foi atacada pelos cabanos, louros dados ao vigário Padre Torquato Antônio de Souza.

Lei Provincial do Pará Nº 146, o decreto faz com que a freguesia eleve-se a categoria de Vila, mudando de nome para Vila Bela da Imperatriz e constitui o municio ligado a Maués que só depois de quatro anos torna-se oficialmente um município.

 

2º Setor – Povoamento da Ilha.

A formação histórica é dada basicamente por índios, europeus e negros que juntos formam os mestiços da região que são os caboclos. Com o passar do tempo a cidade começa a receber imigrantes (com destaque para os japoneses que são a maioria da cidade) a região passa a ser sinônimo de uma cultura singular que caracteriza a vida da população com seus valores. Hoje Parintins é formada em sua maioria por caboclos e índios que fazem da agricultura e da pesca sua principal fonte de renda, além dos artesanatos vendidos no centro das cidades e nas janelas de suas casas.

 

3º Setor – Lendas amazônicas

As lendas da região amazônica fervilham com o imaginário dos parintinenses. Imagina você crescer ouvindo que a flamejante cobra boitatá sustenta sua cidade? Isso mesmo, em Parintins a lenda diz que o boitatá dorme embaixo da cidade protegendo-a das queimadas e todos os animais da fauna local.

Você conhece o temido Jurupari? Caracterizado como demônio pelos Jesuítas, Jurupari quase sempre confundido com Anhangá, mas que para os índios não tinha ligação. Os índios diziam que Jurupari era o “ser que ia até a rede” para assustar durante o sono, acreditando que ele era sinal de mau agouro em caças ou lutas. Jurupari é a primeira ideia de que somos visitados durante o nosso sono…

Mas como lenda é lenda, existe uma versão também que retrata Jurupari que nasce de uma virgem através do sumo de do mapati, e que ele seja o mensageiro do sol para com os indígenas.

E o guerreiro Ajuricaba você conhece? Ajuricaba foi o grande defensor da tribo Manaós que habitavam a região onde hoje é Manaus até Manacapuru quando os soldados portugueses chegaram para catequizar a tribo. Acreditando que seria mais fácil aprisioná-los chegando com canhões e armas de pólvora, os portugueses cercam a tribo e partem para o confronto com os Manaós. Os portugueses queriam primeiro atacar os filhos dos chefes para que eles se rendessem, mas não contavam com a força de Ajuricaba em defesa de seu povo e sua terra. Ao notarem quão grande era a força de Ajuricaba, decidem matar seu filho Cucunaça que faz com que Ajuricaba se entregue aos soldados lusitanos. Durante a viagem que ele fazia junto com outros indígenas dentro de uma embarcação rumo á Belém para serem vendidos como escravos, Ajuricaba olha para um soldado lusitano e gritou “Essa terra é minha, essa terra é nossa” e atira-se dentro da água acorrentado… O bravo guerreiro Ajuricaba se lança justamente no encontro do rio Negro e do rio Solimões, o chamado “encontro das águas”.

Apesar de uma lenda que remete a resistência e amor, Ajuricaba quase não é lembrando pelo povo da região.

 

4º Setor – O Grande festival folclórico de Parintins: Boi Caprichoso X Boi Garantido

Os primeiros registros dos bois em Parintins são dados no inicio do século XX, mesmo que não tivessem a dimensão que têm hoje, essa é a data aproximada para o início da rivalidade entre os bois. Só em 1965 que um grupo de amigos que eram ligados a Juventude Alegre Católica decidem criar o Festival Folclórico de Parintins, visando a construção da catedral de Nossa Senhora do Carmo que é a padroeira da cidade. Naquele ano vinte e duas quadrilhas juninas se apresentaram sem a presença dos bois caprichoso e garantido. Somente em 1966 que os bois são convidados para participarem juntos do festival, e para escolher o campeão o critério do mais aplaudido foi utilizado, naquele ano o aclamado campeão foi o Boi Garantido. A partir de então a rivalidade entre os torcedores torna-se grande e cada vez mais acirrada.

 

1º Sub Setor – Boi Caprichoso

Fundado em 20 de Outubro de 1913 pelos irmãos João Roque, Félix e Raimundo Cid, que nasceram em Crato, mas mudaram-se para Parintins devido ao ciclo da borracha. O nome foi uma homenagem a outro boi que existia na capital Manaus, mas para diferenciar os locais passaram a chamar de Touro Galante.

Suas cores são o azul, preto e branco; o seu símbolo a estrela que estampa e reluz na sua testa; seus ritmistas são conhecidos como “A marujada de guerra”. O Boi Caprichoso ostenta hoje 23 títulos do festival de Parintins, sendo o atual campeão e dividiu o título de 2000 com o contrário.

 

2º Sub Setor – Boi Garantido

Fundado em 24 de Junho de 1913, apesar de muitos afirmarem que sua fundação só foi oficializada em Junho de 1920, ele foi fundado por Lindolfo Monteverde. Seu nome foi dado pelo próprio fundador como um ato de implicância com os simpatizantes do boi contrário, afirmando que seu bumbá sempre vencia os confrontos e sempre afirmava que “isso era garantido”.

Suas cores são o vermelho e o branco; seu símbolo o coração que está em sua testa e é motivo de orgulho para seus torcedores; seus ritmistas são conhecidos como “Batucada”. O Boi Garantido ostenta 31 títulos do festival de Parintins, sendo o último em 2016.

 

3º Sub Setor – Boi Campineiro

Sim, existe um terceiro boi em Parintins! Não há registros exatos da fundação do Boi Bumbá Campineiro, mas sua fundação regula data com os seus rivais azul e vermelho. Só disputou de forma oficial ao festival em 1982 contra o Garantido, já que o Caprichoso em forma de protesto contra o resultado de 1981 não disputou naquele ano. Algumas pessoas acreditam no retorno do Campineiro num futuro remoto… Será?

 

“Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, vós olhais com especial ternura os que se revestem com o vosso Santo Escapulário.
Cobri-me com o manto da vossa maternal proteção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre.
Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder.
Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria.
Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade.
Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes.
Assisti-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho dedicado, para que possa louvá-la por toda a eternidade.

Amém!”

Oração à Nossa Senhora do Carmo, Padroeira de Parintins.

 

Regras para o concurso de samba – enredo da Caprichosos da Harmonia para o Carnaval Virtual de 2019:

– Os sambas devem ter como base principal a sinopse (a letra) e ser de fácil melodia;

– Os sambas podem ser compostos individualmente ou em parcerias;

– Os compositores terão à partir da publicação desta, até o dia 31 de março de 2019 para enviar suas respectivas obras;

– Os sambas deverão ser enviados para o e-mail: lecorodriguesd@gmail.com , contendo a letra do samba, o nome dos compositores e um adio com pelo menos duas passadas do samba.

– Não é necessário uma gravação profissional, mas vale lembrar que o samba precisar ser compreendido.

 

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