Com o enredo “Mágicka”, Leões da Folia promete rugir alto e encantar todos no Carnaval Virtual 2022

Indo para seu segundo carnaval consecutivo após seu retorno ao Carnaval Virtual, a Leões da Folia apresentará em 2022 o enredo “MÁGICKA” de autoria de Thiago Braga. Presidida por Giovanna Ferraz, a agremiação Curitibana conta também com Ygor Gusmão de carnavalesco, Gabriel Fagundes de diretor de carnaval, Matheus Bianck de conselheiro, Marcelo Jakaré de presidente de honra e ainda busca seu intérprete.

Confira a entrevista cedida pela presidente, Giovanna:

1- Como conheceu a LIESV e por que a escolheu?

Conhecemos a Liesv em 2008 nos encantamos e em 2009 colocamos a escola na avenida, demos uma pausa na folia virtual e retornamos no ano passado.

2- Qual a história da sua escola, como foi fundada, qual o motivo, quais as cores, símbolos nome?

A escola foi fundada na época da antiga Caesv pelo Marcelo Jacaré, o símbolo foi pensando em uma escola forte e aguerrida, a escola acabou enrolando a bandeira após ele assumir a presidência da Bohemios Samba Club, na época e ano passado resolvemos voltar a escola para termos mais uma escola curitibana na folia virtual junto com a Imperatriz Ludovicense nossa madrinha.
Esperamos um grande Carnaval da Leões da Folia.

3- Qual será o enredo da sua escola e como ele será contado na passarela virtual (quantas alas, alegorias e demais elementos)?

O enredo será Mágicka uma linda história que será contada na passarela JJ30, a sinopse está maravilhosa e o desfile estará impecável, viremos com 5 setores, 20 alas e 4 alegorias, a Leões fará um desfile mágico!!

4- Como a equipe da sua escola foi montada e quem faz parte dela?

Giovanna – Presidente
Marcelo Jacare- Fundador e presidente de honra.
Matheus Bianck- Conselheiro
Gabriel Fagundes – Diretor de carnaval
Ygor Gusmão- Carnavalesco
Thiago Braga- Enredista
Intérprete- Estamos fechando ainda.

5- E o samba enredo, vai fazer eliminatórias de samba ou vai encomendar? Se for eliminatórias, quais as regras da disputa, pra onde os compositores devem mandar os sambas e etc

REGRAS DO CONCURSO DE SAMBA-ENREDO

– O compositor pode enviar quantos sambas quiser, seja solo ou com parceria;

– A gravação pode ser à capella (só com voz) ou com bateria de fundo;

– Os sambas devem ser enviados em mp3 ou wma para marcelolvferreira@gmail.com

Qualquer dúvida, entrar em contato com o pessoal da escola.

– A escola recebe sambas até às 23h59min do dia 29 de maio de 2022.

6- O que você e sua escola esperam do Carnaval Virtual 2022, tanto de vocês quanto das coirmãs?

Esperamos um lindo Carnaval e podem ter certeza que faremos um belo espetáculo na avenida.
O Leão vai rugir, sambar e encantar, vai ser “magicko”!

Confira abaixo a logo e a sinopse do enredo da Leões da Folia para o Carnaval Virtual 2022:

“MÁGICKA”

A magia nasceu da mulher. Das mãos que juntaram-se, e acariciaram pela primeira o ventre preenchido de vida. As mãos que sentiram os movimentos, que espantadas, pintaram nas paredes das cavernas a admiração pelo milagre da vida. Da mulher nasceu a divindade, e a partir dela o ser humano entrou em contato com aquilo que transcendia a si mesmo. As pedras e o pó viram o primeiro milagre, e sem saber do seu próprio papel na fecundação, o homem conferiu à mulher o status quase divino, equalizando todos os ventres em um, todas as mulheres em uma Magna Mater, a Mãe Primordial. Mais tarde, esse divino feminino, poder nutriz e força condutora, seria substituído pela ascensão do poder de da força masculina. Este seria o primeiro rompimento. Outros viriam mais tarde, com os panteões divinos sendo governados por deuses fálicos e cheios de paixões, ódios e luxúria. Mas o mistério, o incompreensível, aquilo que estava acima do bem e do mal, o lado oculto da lua. Tudo permanecia nas mãos das deusas. Assim, passaram também a ser conhecidas como feiticeiras. Senhoras de misturas alquímicas tenebrosas, e criadoras de monstros. Fiadoras do destino, sacerdotisas de sortilégios diversos, senhoras dos mortos e de cães infernais. Desde a alada Ishtar babilônica, até a Ísis egípcia e Hécate senhora das
encruzilhadas, da mitologia grega. O poder de conceder os desejos do coração, ou de traçar o destino de deuses e homens igualmente, permanecia com elas. Das Nornas da mitologia nórdica nas raízes de Yggdrasil, à Dama do Lago que presenteia Arthur com a Excalibur, e ainda na tragédia de Medeia ou os delírios de Cassandra, princesa de Troia.

A mulher, a bruxa, a feiticeira. Todas são palavras para um significado ancestral e irrestrito poder. A mulher sempre foi temida, ou considerada louca, pelo seu poder. Enquanto místicos e sábios foram respeitados ao longo da História, às mulheres foram reservadas as chamas da fogueira e do preconceito. O Malleus Maleficarum trouxe à tona as sombras da Idade das Trevas, reprimindo a ciência e o poder da alma feminina. Se antes o Império Romano havia rompido com as deusas e os costumes pagãos herdados dos povos celtas,antigos místicos, agora a Igreja Católica fazia a humanidade romper com o poder feminino que existia em cada um dos seres. Dotados dessa força, dessa “magia”, fomos privados pelo Patriarcado e sua mão impiedosa de toda uma parte da nossa identidade. Mas o fogo não pode destruir o que é imaterial. Com o Renascimento e bem mais tarde com o resgate da Magia Moderna pela Cultura Pop e por estudiosos pagãos, teríamos de volta concepções de mundo plurais e tão diversas quanto as particularidades de seus praticantes. A Wicca, religião da Deusa, viria mostrar o divino na mata, e não nas catedrais. No Brasil,os cultos africanos preservariam o poder dos orixás e das entidades feiticeiras da Umbanda,com as vivazes pomba giras. Por todo o mundo, outras verdades seriam resgatadas,restaurando e redimindo um passado de proibição e supressão das abstrações.

O poder vivaz da bruxa, é o de jamais encaixar-se nas normas pré-estabelecidas. A bruxa é irreverente, audaz, livre na máxima potência, ao subverter tudo que se é pensado conhecer. Ela escapa das nossas mãos feito fumaça, nem boa e nem má. Não é santa, nem diaba. Não pode ser julgada por nenhum Deus, muito menos por nós, meros mortais.
Apropriadas de si, foram chamadas de velhas horrendas e carcomidas, numa tentativa de desqualificar sua importância e conhecimento, tornando-as os monstros dos contos de fadas. Na verdade, a bruxa sempre foi a mulher sem medo. Aquela que conhece o poder dentro de si. Nem carcomida, nem cheia de verrugas, ela é a Donzela, a Mãe e a Anciã mitológica. Todas as faces da mulher se encontram na sua intuição, no seu conhecimento do mundo espiritual. Nas telas da TV, oferecem maçãs envenenadas ou transformam príncipes malvados em Feras. São também aquelas que presenteiam órfãs com sapatinhos de cristal ou tornam um boneco de madeira, menino de verdade. Fadas ou feiticeiras, são ambas imagens distintas de uma mesma bruxa. O arquétipo do poder que vem das mãos da mulher.

Na literatura, são Morgana de Avalon, Melisandre de Asshai ou ainda Hermione Granger. São também heroínas do cinema, vestidas de Escarlate ou usando uma bengala para educar crianças, tornando-se belas a cada lição aprendida. São também eternas memórias que habitam o nosso inconsciente e que crescem e se libertam a cada dia, deixando para trás o fantasma das fogueiras. Das brasas, à luz. A leões vem mostrar que caminha ao lado de Circe, que pune os maus ao revelar sua verdadeira forma. Traremos nossos cristais energizados, o aroma dos incensos e os banhos e poções do amor e da prosperidade para limpar nossos caminhos. É a festa da mulher indômita, aquela que corre com lobos, que se banha do luar. Nosso enredo para o carnaval de 2022 é MÁGICKA, termo adotado por Alester Crowley, principal expositor da Thelema e do ocultismo moderno, que busca discernir as ilusões do palco, da verdadeira e Alta Magia. Venha ser encantado pelo poder das feiticeiras, e cantar conosco, como quem conjura um feitiço.
Salve a Leões! Salve a bruxaria! Blessed be!

Autor do enredo: Thiago Braga

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