Do real pro virtual, Peixe Vagabundo adentra à tela da LIESV sonhando alto!

Do real para o virtual surge o Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Peixe Vagabundo. A agremiação é oriunda da escola de samba Peixe Vagabundo, que disputou este ano o Grupo de Avaliação da Intendente no Carnaval do Rio de Janeiro. A proposta da escola é dar visibilidade no virtual aos novos talentos que já fazem parte dela no real. Conversamos com o presidente da Peixe Vagabundo, Ivan Araújo sobre o enredo e o que escola irá apresentar na passarela João Jorge 30. Confira abaixo:

1- Porquê a escola escolheu esse enredo?

Fizemos uma campanha virtual em nosso Twitter e Facebook sendo um sucesso!

Recebemos 83 temas para enredo, filtramos de um a um o que mais representaria nossa idéia de mistérios e lendas.

2- Como será desenvolvido na passarela João Jorge 30? (Ficha técnica, alas, alegorias, casais e afins)

Tudo é muito surpresa, está tudo nas mãos nosso experiente carnavalesco Sérgio Falcão.

3 – Qual a motivação da escola em busca do título?

Temos um olhar ambicioso como temos em nossa escola real.

Vemos o quanto cada escola é dedicada para isso e temos uma grande motivação que é nossa comunidade e nosso bairro que está abraçando também a idéia!

4- O que os espectadores podem esperar da escola em 2020?

Um bom samba, boa desenvoltura na avenida, uma grande surpresa ao abraçar uma linda causa e o resto é puro segredo!

5- Como será feita a escolha do samba?

Abriremos o concurso e queremos samba do mundo todo!

Queremos cada visão de cada lugar, nosso enredo retrata a junção de um país e suas lendas que cruzam além mar, dentro do mar, de rios e casas! Um Peixe!

6- Considerações finais

Arrisquem-se!

ENREDO:

 “Queres Ouro? Em Ouro Transformo-te! As Lendas e Mistérios do Peixe Dourado”

Apresentação

                Quem sou eu? Dentre todos sou o mais misterioso, não fique curioso de tanto procurarem, eu resolvi contar alguns dos meus segredos, sou o mais impressionante, hábito os rio, sou parte de sua vida, sem você perceber, apesar das dificuldades, adversidades, mostro que até no carnaval sou enredo. Com que eu possa brincar na sua alegria.

Vou ser parte da sua emoção e brincar com sua ilusão, vamos curtir, deitar, rolar, pintar e bordar e se emocionar com a minha história na passarela.  Afinal hoje é carnaval.

 Sinopse

                Muitos sabem, outros ouviram falar, sobre como Tupã criou o peixe dourado. É a mais pura verdade, até que a ciência prove o contrário. Há muitos anos, antes dos jesuítas chegarem, uma grande tribo vivia na margem do grande rio Uruguai. Moravam entre o rio e a floresta, como uma verdadeira família. Comunidade indigena humilde, faceira e ordeira. Viviam da e para a natureza.

                Mas um emboaba da tribo Anga, este voraz e forte, trazia o desconforto na alma, a ambição insaciável. Eu quero mais, pois sou o mas forte, primeiro eu, pois sou mais bonito. Um dia serei o cacique de tudo. Quando descobriu o poder do ouro se deslumbrou por completo. Tudo a ele pertencia, todo aquele metal teria de ser dele. Assim foi a reunir muito ouro: Não ajudava a ninguém, não colaborava nem com seus pais ou familiar, só o brilho do ouro lhe interessava. Seus olhos brilhavam ao mencionar está palavra, queria tocar o ouro, como se o metal tivesse vida. E na sede de poder, mais forte ficou.

                Até que um dia insatisfeito com o que tinha quis apoderar-se de todo o ouro que no mundo, e ao entardecer, quando o rio Uruguai pintava-se de dourado, ele gritava que tudo um dia seria assim, desta cor.

                Tupã, cansado de ver tanta veracidade, decidiu castiga-lo. – Queres Ouro? Em Ouro transformo-te! Gritou lá do céu. E dizendo assim, um raio de ouro cruzou o aborígene como uma adaga, e seu corpo tombou no rio, transformando-se em peixe. É por isso, o dourado é um peixe sempre faminto, tudo lhe é pouco. Nasceu no grande doce mar Uruguai, fadado a passar a vida com sede.

               A origem desse peixe remonta à China, onde não apenas foram criados para consumo humano, mas também para serem domesticados. Na China antiga era muito comum capturar estes peixes para criá-los em aquários, e no momento da reprodução, várias espécies eram cruzadas, uma mutação genética acabava produzindo peixes em cores brilhantes como vermelho, amarelo ou laranja. No seculo nove, os monges budistas chineses começaram a manter os “chi” em lagos e piscinas, para proteger
los de predadores.

Justificativa

                O Brasil com seu rico folclore regional, encanta a todos com uma quantidade de histórias dos nossos primeiros habitantes. Histórias essas que se misturam com os dias atuais, na busca insaciável pela riqueza e poder, obscurece a mente, transforma em pedra o coração do ser humano.

                Assim o nosso Peixe Vagabundo falou dessa busca que sempre alimentada por mentiras e corrupção. Chega aos dias de hoje, na vontade de possuir tudo que admira para si próprio. E a vontade exagerada de possuir qualquer coisa.

Sérgio Falcão

Carnavalesco

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