Com o enredo “Tejucupapo”, Sociedade Carnavalesca Consulado estreará no Carnaval Virtual em 2022

Resultado da fusão das escolas Unidos do Sampaio e Consulado Imperial, oriundas das ligas “Carnaval e Arte” e “Minecraft” respectivamente, a Sociedade Carnavalesca Consulado apresentará em sua estreia no Carnaval Virtual da LIESV um enredo onde fará uma releitura na ótica de Dona Luzia Maria sobre o vilarejo pernambucano de “Tejucupapo”. Presidida por Flávio Santos, que também é o intérprete da escola, a azul e branco não tem um estado de origem, é uma união do trabalho de pessoas de diversos lugares do Brasil. A equipe é composta também por Túlio Rabelo como vice presidente, André Mello como carnavalesco e Thiago Miranda e Leandro Calegari como diretores de carnaval. O samba foi encomendado.

Confira a entrevista cedida pela presidente, Flávio Santos:

1- Como conheceu a LIESV e por que a escolheu?

Através de amigos que já participam e surgiu um interesse geral dentro da escola de participar da liga

2- Qual a história da sua escola, como foi fundada, qual o motivo, quais as cores, símbolos nome?

A escola tem dupla origem, é a fusão das agremiações unidos do Sampaio ( que desfila desde de 2017 na liga carnaval e arte) e da Consulado imperial (que desfilava pelo carnaval de Minecraft pela liga LIESVIM), foi de consenso geral dentro das duas escolas que uma fusão faria muito bem a ambas que poderiam unificar enredos e sambas em diferentes plataformas, foram mantidas as cores da Sampaio (azul,dourado e branco) e o símbolo da Consulado imperial (pavão e a coroa). O nome oficial é SOCIEDADE CARNAVALESCA CONSULADO, a escolha do sociedade vem justamente pela fusão, já Consulado por ser uma escola que não tem um estado de origem, é uma união do trabalho de pessoas de diversos lugares do Brasil

3- Qual será o enredo da sua escola e como ele será contado na passarela virtual (quantas alas, alegorias e demais elementos)?

Nosso desfile fará uma releitura na ótica de dona Luzia Maria sobre o vilarejo pernambucano TEJUCUPAPO, desde o seu surgimento nas águas da maré, até a memorável batalha de 1646

4- Como a equipe da sua escola foi montada e quem faz parte dela?

Equipe foi montada através da união das pessoas que já compunham as duas agremiações que deram origem e a ela, apenas com a adição do André (carnavalesco) que nos foi uma grata surpresa, recebida de amigos em comum

Flávio Santos (presidente Interino)

Túlio rabelo (vice)

André Mello (carnavalesco)

Flávio Santos (interprete)

Thiago Miranda e Leandro Calegari (Diretores de carnaval)

5- E o samba enredo, vai fazer eliminatórias de samba ou vai encomendar? Se for eliminatórias, quais as regras da disputa, pra onde os compositores devem mandar os sambas e etc

Samba encomendado, já está pronto inclusive, de minha autoria Flávio Santos e Lucas Abreu em breve já teremos a gravação oficial

6- O que você e sua escola esperam do Carnaval Virtual 2022, tanto de vocês quanto das coirmãs?

Esperamos sempre o melhor, o  carnaval virtual a cada ano evolui mais, e as escolas estão jogando o sarrafo lá em cima, daremos o nosso melhor e temos certeza que as coirmãs farão o mesmo!

Confira abaixo a logo e a sinopse do enredo da Consulado para o Carnaval Virtual 2022:

“Tejucupapo”

Vem seu menino!! Se “achegue” mais que eu vou contar, Meu nome é Luzia, com muito orgulho, Luzia Maria e hoje vamos conhecer e relembrar a história de Tejucupapo.
Tejucupapo é um vilarejo Pernambucano do século XVII e atualmente é um distrito cidade de Goiana, o pequeno pedacinho de chão é detentor em sua história da atitude e empoderamento feminino.
TEJUCUPAPO! Lugar de trabalhadores da terra e do mar, chão da Maré, lugar donde as águas se encontram, donde vem o sustento desse povo batalhador, lugar onde mora o caranguejo e donde se ouvem as cantigas de roda, sendo assim “EU VOU PRA MARÉ”
Nessa terra se fisga o amor entre o mar e o pescador, terra onde “EU VOU PRA MARÉ”
Nessa terra se cultiva na enxada e na foice e a pimenta e as flores, sendo assim “ EU VOU PRA MARÉ”
Tejucupapo é terra do marisco e da Piaba, do pixaim de coco e da renda, é terra onde “EU VOU PRA MARÉ”
“Foi no século XVII, no 23 de abril”, após o cerco de Recife as tropas holandesas que perderam o domínio da capital pernambucana invadem Tejucupapo a fim de manter seu domínio na região nordeste e resistir às forças luso-brasileiras, resolveram tomar para si os suprimentos daquele pequeno vilarejo, tendo em mente que seria fácil como tirar doce de criança, estavam redondamente enganados.
Liderados pelo Major Agostinho Nunes os guardas luso-brasileiros resistiram ao ataque , porém, começam a ter muitas baixas e perdem forças na batalha. Somente quando a força feminina chega liderada pelas 4 Marias, Camarão com força e coragem, Clara que queima com a pimenta, Quitéria que “taca” pau e pedra, Unidas pela fé de Joaquina que se ampliam suas forças contra seus inimigos. Assim mostrando que das mãos que tecem redes e rendas se tece também a coragem, e a força e assim derrotaram os leões de além mar ,marcando seu lugar na história.
A palavra “heroína” hoje faz parte do dia a dia das mulheres de Goiana, há 27 anos, eu técnica de enfermagem aposentada Luzia Maria resolvi tomar a narração dessa história como missão. No hospital para retirar um nódulo na mama, fiquei sem resposta quando uma vizinha de leito, ao saber de onde eu era, perguntou sobre a história da batalha, onde não pude responder. Então prometi que caso saísse curada do hospital ajudaria na encenação que relembra das “Heroínas de Tejucupapo” (Mais de 370 anos depois, a batalha segue viva no dia a dia de Tejucupapo. Todos os anos, as mulheres — entre pescadoras, marisqueiras, professoras, aposentadas e donas de casa — se organizam no último domingo de abril e lutam para “defender” a terra numa encenação que chega a reunir 10 mil pessoas.
Na base do obelisco instalado num morro a poucos metros do povoado, a explicação: “Aqui, em 1646, as mulheres de Tejucupapo conquistaram o tratamento de heroínas por terem, com as armas, ao lado dos maridos, filhos e irmãos, repelido 600 holandeses que recuaram derrotados”.
Hoje eu entrego as mãos da sociedade Carnavalesca Consulado o dever de contar nossa história no meu lugar, um “chero” “seus menino”.

Autor do enredo: Lucas Abreu Lacerda

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