Estreando no Carnaval Virtual em 2022, o Pavão da Alvorada “vem festejar” ao som da eterna Beth Carvalho e abre a temporada de concursos de samba para o Carnaval Virtual 2022- LIESV!
A escola fundada em dezembro de 2021 tem o Jandson Talison como presidente e o Gabriel Art como intérprete e carnavalesco, assumindo também a autoria do enredo.
Confira abaixo o enredo que a Paraíso vai levar para a Avenida Virtual João Jorge 30:
“VOU FESTEJAR!”
INTRODUÇÃO
Vou festejar sim, senhor, seja o teu vencer ou o teu sofrer, mas não me venha com traição, pois uma vez que te dei a mão, não terás o meu perdão. Rainha Beth, que saudade imensa que teu povo sente por ti. A Paraíso do Alvorada vem aqui trazer essa singela homenagem em 2022 e pede passagem para um desfile histórico que promete emocionar e fazer chorar. Chora… pode chorar, pois o pavão vem riscando a passarela com vontade.
SETOR I – Infância e Início de Carreira
Carioca da gema, Elizabeth Santos Leal de Carvalho (1946-2019), ou como o mundo a conhece, Beth Carvalho, foi uma das maiores sambistas do Brasil. Cantora, compositora e Instrumentista, Beth decidiu desde cedo entrar no mundo da música ao ganhar um violão de sua mãe, Dona Maria Nair Santos.
Beth era rodeada de música em sua família, sua mãe tocava piano clássico, sua avó tocava bandolim e violão, e a sua irmã também cantava e chegou a gravar discos de samba. Sua influência musical na infância era composta por grandes nomes como Elizeth Cardoso, Sílvio Caldas, e Aracy de Almeida.
Engana-se quem pensa que Beth era só canto, já que por toda sua infância Beth estudou balé, chegando na sua fase adolescente estudando violão numa escola de música e depois virou professora de música.
Foi nas rodas de samba, onde ia acompanhada de seu pai, João Francisco Leal de Carvalho, que surgiu na década de 60 aquela que daí pra frente se tornaria um dos maiores nomes do samba brasileiro. Nasce a estrela Beth Carvalho.
SETOR II – Carreira
A carreira de Beth Carvalho se originou na bossa nova. No início de 1968 participou no movimento Musicanossa, criado pelos músicos Armando Schiavo, e Hugo Bellard. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções “O Som e o Tempo”, no longplay do Musicanossa. Nesta época ela gravou com o cantor Taiguara, pela gravadora Emi-Odeon. Em 1965, gravou o seu primeiro compacto simples com a música Por Quem Morreu de Amor, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Em 1966, já envolvida com o samba, participou do show A Hora e a Vez do Samba, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela. Vieram os festivais e Beth participou de quase todos: Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros.
No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com Andança, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país. Além de seu primeiro grande sucesso, Andança é o título de seu primeiro LP lançado no ano seguinte. A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como 1.800 Colinas, Saco de Feijão, Olho por Olho, Coisinha do Pai, Firme e Forte, Vou Festejar, Acreditar, Mas Quem Disse que Eu te Esqueço. Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 1972, buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de Folhas Secas e em 1975 fez o mesmo com Cartola, ao lançar As Rosas Não Falam. Pagodeira, conheceu a fertilidade dos compositores do povo e, mais do que isso, conheceu os lugares onde estavam, onde viviam, onde cantavam e tocavam. Frequentadora assídua dos pagodes, entre eles os do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão , Bezerra da Silva e muitos outros. Por essa característica, Beth ganhou a alcunha de “Madrinha do Samba”. Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tantã e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique.
A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e Beth passou a ser chamada de “Madrinha do Pagode”. Sambista de maior prestígio e popularidade do Brasil, é aclamada também como a “Diva dos Terreiros”. Foram 51 anos de carreira, 31 discos, 2 DVDs e apresentações em diversas cidades do mundo. Beth Carvalho recebeu seis Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, 9 de Platina, 1 DVD de platina, centenas de troféus e premiações diversas. Dentre todas as homenagens já feitas à grande cantora, Beth considerava esta a maior de todas. E declarava: “Não existe no mundo, nada mais emocionante do que ser enredo de uma escola de samba. É a maior consagração que um artista pode ter”.
Em 1997, viu a música “Coisinha do Pai”, grande sucesso de seu repertório, ser tocada no espaço sideral, quando a engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra, programou para ‘acordar’ o robô em Marte. Beth Carvalho gravou o 25º disco, “Pagode de Mesa” ao vivo, em apresentação na gravadora Universal Music. Em 2004, a cantora gravou seu primeiro DVD Beth Carvalho – A Madrinha do Samba, que lhe rendeu um disco de Platina.
O CD que saiu junto foi disco de ouro e indicado ao Grammy Latino de 2005 como Melhor Álbum de Samba.
Nesses anos todos de carreira descobriu talentos, tais como Jorge Aragão, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Gracia do Salgueiro, Sombrinha, Arlindo Cruz, Quinteto em Branco e Preto, Zeca Pagodinho, Yamandú Costa e Alessandro Penezzi.
SETOR III – Carnaval
Embora mangueirense de coração, Beth já foi homenageada pela Velha Guarda da Portela, com uma placa alusiva ao fato de ser a cantora que mais gravou seus compositores.
Em 1971, Beth era a supercantora da escola de samba Unidos de São Carlos, atual GRES Estácio de Sá, indo para a Estação Primeira de Mangueira, e se dedicando totalmente a verde e rosa, que são as cores da escola. Conheceu Jorge Aragão no bloco carnavalesco Cacique de Ramos. Onde cantava e desfilava animada, junto com o bloco. Jorge Aragão deu para ela gravar em 1977, a música Vou Festejar, dele de Dida e Neoci.
Em 1984, foi enredo da Escola de Samba Unidos do Cabuçu, “Beth Carvalho, a enamorada do samba”, com o qual a escola foi campeã e subiu para o Grupo Especial. Como o Sambódromo foi inaugurado naquele mesmo ano, Beth e a Cabuçu foram as primeiras campeãs do Sambódromo.
Em 1985, Beth foi enredo novamente. Dessa vez, da escola de samba Boêmios de Inhaúma.
SETOR IV – Futebol
Beth Carvalho era declarada botafoguense de coração. Sua música “Vou Festejar” virou canto de torcida de vários times do Brasil. Além do Botafogo, é utilizada pelo Atlético-MG, Flamengo, Corinthians, entre outras dezenas de clubes que utilizam esse hino como cântico.
Regras do concurso de samba:
Da data de publicação da sinopse da escola até o dia 28/02/2022 se dará o concurso de samba-enredo da escola. O samba deverá ser enviado para o WhatsApp do carnavalesco e intérprete Gabriel Art, (11) 95376-5888 contendo letra e samba em .mp3.
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