Luzes da Ribalta
Esta é a última sessão do Cinema Bandeirante.
Lá está o velho Vagabundo, que tanto nos fez sorrir. O Vagabundo foi o palhaço moderno, o último de uma longa linhagem que veio dos pierrôts e de seu amor pela Colombina.
Mas agora, o Vagabundo é apenas uma sombra do seu passado, triste e decadente. Chaplin, em 1952, reviveu o amor de pierrot e colombina através de um de seus trabalhos mais tocantes – as Luzes da Ribalta (Limelight, 1952). Nele, o Vagabundo salva a bailarina da morte, e faz com que ela volte a dançar e a brilhar, enquanto ele mergulha no desencanto e no insucesso.
Agora, ele está lá, sozinho, lembrando sua história naquela sessão de cinema, como nós da Bandeirante. Nós, que fizemos nove carnavais, e conquistamos a glória máxima justamente ao lado dele. Mas chegou a hora de deixar o palco. Não sem antes uma apresentação triunfal.
Não nos entregaremos! Enchamos o coração dos Guaporés de vida. Façamos novamente o sonho de Olodumaré ser real! Em nosso bico de aço reinventaremos os donos da terra mais uma vez, para que o nosso sorriso seja eterno e esse nosso protesto, fantástico!
E assim nos juntaremos às grandes campeãs do passado, União do Samba Brasileiro, Princesa da Zona Norte e Rainha Negra, para quem sabe um dia, voltar aos palcos com a cabeça erguida de quem fez tudo pela LIESV e por este grande espetáculo carnavalesco.
Obrigado aos que fizeram parte de nossa história.
” Sorria, embora seu coração esteja doendo
Sorria, mesmo que ele esteja partido”
Charles Chaplin
Autor: Carlos Yuri
Carnavalescos: Alan Dias e Carlos Yuri