Cangaceiros cantará os “Urubus da Vida” no Carnaval Virtual 2022, confira a sinopse e as regras do concurso de samba

Após muitos incidentes que levaram a escola à realizar um “mutirão” de solidariedade em que vários carnavalesco ajudaram a Cangaceiros à pisar na avenida com muita dignidade, a Verde e Rosa de Jaboatão quer retomar suas glórias com o enredo “Urubus da Vida”.

A escola fundada em 15 de Novembro de 2011 tem o JMauro como Presidente e o retorno de Everton Santana como carnavalesco. A equipe também é composta pelo diretor de carnaval Beto Monteiro e pelo Theo Valter como diretor de relações institucionais.

Confira abaixo o enredo que a Cangaceiros vai levar para a Avenida Virtual João Jorge 30:

No meio da Floresta Amazônica
Símbolo da vida brasileira
Pulmão da nossa terra
Tu viraste soberano, reinando sobre
Teus semelhantes,
Abutres, condores e carcarás
Vossa tirania não previa
Que sua linda filha
Se encantasse pelo índio Tamapu
E um belo amor ali nasceria
Ah, ser soberbo de engodo
Desproporcional, impôs todo tipo de
“prova de amor” ao genro
Para ele habitar seu reino
Cata inseto, cata fruto em árvore gigante
Abre clareira….
Mas tu, ô ser horrendo
Não esperava que amigos animais ele faria
Rato, papagaio, aranhas…
Até contra teu fogo
A aranha resolveu ajudar
E tu derrotado foste
Pela lendária epopéia de Tamapu

Não são belos
São feiosos, sujos e desagradáveis
Como tu o batizaste
Mas planam próximo ao sol
Coisa que o belo Ícaro,
Admirado por ti… não conseguiu
E por que tu és comparado a ele?

De olfato aguçado e apurado
Concorda com sua sina
Tal qual o pobre, que cata latinha
Come osso e pé de galinha
E faz a urna de Latrina
De viver sem luxo
comendo do lixo
Que você produziu

A tua situação é preta
Preta como tua plumagem
Culpado pela pilantragem
Dos nacionalistas de araque
Que com um tranque
Quase destruíram a humanidade

Faxineiro do mundo,
Alados, sem medo
Sem vergonha e sem pudor
Tal qual os homens de gravata
Que defecam leis e regras
Na cidade que é o Shangri-la
Da falta de ética
Ah, de maneira inoportuna
Tua mãe, teu pai
Mal desceram na cripta fria
Para tu ser o culpado
Pela briga
Em torno da Carniça

O teu estômago é tão corrosivo
Quando os olhos grandes
Da tua família
Necrófilos da tua alegria
Teu sucesso e teu dinheiro
Só sossegam quando acabam
Com teu sossego

O que tu fazes circulando
Esta casa?
Mal agouro, sai pra lá
Morres tu e teu azar
Por que não fazes teu ninho
Na casa do vizinho?

Tu não podes ver
A moça bonita que
Como uma flor desabrochou
Pra tu lhe cercar e encurralar
Com o teu cheiro e fedor
E com essa cara
Vermelha de horror

Cobraste a dívida,
Poupaste divisas,
papeis na bolsa
As custas de várias vidas
Que destruíste
Por conta de uma vacina

Heresia e pretensão vãs
Até foste lido num divã
Para saber se Edgar Allan Poe
Falou ou não falou mesmo de ti
Em palavras que tu mesmo pronuncia?
São de cair os anais da história
Da poesia romântica

Por falar de coisas inapropriadas
Qual graça teria
Falar do poeta
Se não rebater um desejo
Maldito contra você
Com a célebre frase
Do vernáculo popular
“Praga de urubu,
pega no olho do teu c*”?
Pois já foste encontrado
À 10 mil anos atrás
Lá nas Minas Gerais
Te confundiram com um
Beija-Flor? que besteira
Planaste no ar
nunca marcaste bobeira
Com Dadá Maravilha, que destreza
E muitos gols de cabeça

Tal qual um Rei
Alçastes voos mais altos
Transcendendo a espiritualidade
Dos orixás?
Será que tu és a forma animal de Exu

Tu és um afrontoso
Voaste em pleno Maracanã
Se achando “o cara” da coisa toda
Só porque te relacionaram
Aos homens pretos
Que torciam pelo maior clube
Do país?
Até nisto tu se meteste?
Por esta vez passa, pois por uma
Nobre causa, em favor do combate
A maior vergonha da humanidade
Que é o racismo do tom retinto
Da pele dos que tanto trabalharam
Pelo país
Que surgiu a idolatria
Da torcida do Flamengo
Por ti

Mário Quintana, posso te chamar
Só de Mário?
Eu trago a esperança
Eu sou o catalizador do mundo
Eu sou o que paira no ar
Das matas e das cidades
Das savanas e dos pantanais
Eu sou o Urubu, cabeça preta, amarela, branca
Rei dos céus e gigante
Será que mereço o teu respeito?

Logo do enredo da Cangaceiros para o Carnaval Virtual 2022

Regras do concurso de samba:

O CCV Cangaceiros receberá as obras dentre os dias 20/02 até 01/04/2022
O compositor ou parceria deverá compor a melodia em duas passadas da letra do samba Os formatos de ambos deverão ser enviados em .doc ou docx (letra) e no formato .mp3 (melodia)
Quaisquer outros formatos diferentes destes citados não terá sua inscrição validada pela agremiação
O Compositor ou parceria poderia inscrever quantas obras quiser, posteriormente enviando-as para o email ccvcangaceiros@gmail.com
A final do concurso do samba e divulgação da escola ocorrerá na segunda semana do mês de abril

Está interessado em participar do Carnaval Virtual 2022? Clique aqui e inscreva sua escola!

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