À meia noite dos tambores silenciosos
“O baque do maracatu estanca no ar
Das lâmpadas apaga-se a luz branca no ar
Na sombra donde somem cor e som, somos um
Ao rés do chão, aos pés de Olorum”
Já é noite no São José
Cai o orvalho de emoção
Nesse chão, todos somos um
Conduzidos pelo silêncio
Transformados pelo Egum
A luz se apaga
Negro lembra sofrimento
Negro faz o seu lamento
No ardor da luta
A dor da luta
Não se apaga…
Ouça o som da meia-noite
O tom cortante do tambor
Vibra o espírito ancestral
Seja pra quem você bate o seu tambor
Pra Jurema ou Xangô
O rito se faz
Incorpora o espírito ancestral
“Xangô, Xangô
Ogum Dil, Ogum Dilê
Xangô, meu Pai
Dilodê
Já se foi lá na Aruanda
Já se foi, se vai”
Essa história começa tempos atrás
No tempo da escravidão
No tempo do grilhão
Regras do concurso de samba-enredo serão divulgadas em breve.