Mocidade Imperial da Matinha trará o centenário do “Tufão” em 2018. Leia o enredo!

A Mocidade Imperial da Matinha,que tem suas origens em Manaus, capital do Amazonas, decidiu para esse ano trazer à avenida virtual uma homenagem ao maior clube do estado, que faz em 2018 cem anos de histórias de luta e de glória. Seu presidente Igor Medeiros falou sobre sua expectativa pelo desfile de 2018: “Queremos representar em forma de arte o orgulho do torcedor alviceleste na avenida através da bela história do São Raimundo. A Mocidade Imperial da Matinha promete um carnaval alegre e, quem sabe, entrar na acirrada disputa pelo sonhado título.” – finalizou.

Confira a sinopse do enredo da escola:

Enredo 2018: “Centenário do Tufão. É o São Raimundo nas asas do Gavião!”

Sinopse:

Avante, Avante, Avante! Clube do meu coração, o São Raimundo nasceu quando o Risópolis Clube Recreativo, e depois Risofólis, se fundiu com alguns clubes amadores do bairro homônimo, que deve este nome ao santo espanhol São Raimundo Nonato. O bairro foi por muito tempo latifúndio da Igreja Católica até que imigrantes nordestinos imigrassem para a região em busca de trabalho. Foi assim que nasceu então o São Raimundo Esporte Clube, fundado oficialmente no dia 18 de novembro de 1918. Logo após o estouro do ciclo da borracha no Norte. Mal sabiam que anos depois seria aquele time que causaria um novo estouro que abalaria a Amazônia, e porque não o Brasil?

Entre os criadores estavam o senhor Belmiro Costa, Olímpio Carvalho, Carlos Frederico, José Quincas, Vidal, Sena e Queiróz. A primeira sede do clube localizava-se na Rua 5 de setembro. Mesmo vivendo por um bom tempo disputando torneios amadores, o time já exibia sua força ao arrastar multidões em seus jogos. Defendendo um escudo inspirado no do carioca São Cristóvão de Futebol e Regatas, o time manauara filiou-se à FADA (antiga Federação amazonense de Futebol) somente no final de 1955, disputando a Primeira Divisão do estadual em 1956, junto com os “grandes” de Manaus, que em sua maioria eram clubes da elite amazonense. Desde sempre o time suburbano, do povão. Isso era motivo de chacota dos rivais da elite, mas de orgulho para os alvicelestes bucheiros, como eram chamados os imigrantes nordestinos, afrodescendente e operários do matadouro de animais onde limpavam a carne para ser comercializada.

Em seu primeiro campeonato Estadual como profissional, o “São Rai” surpreendeu e conquistou o segundo turno. Aquele era o primeiro de muitos. Com poucos recursos, a opção foi valorizar as pratas da casa. Não havia dinheiro para trazer jogadores “de fora” como faziam os rivais. O bairro se mostrou um celeiro de bons jogadores, mas foi em 1996 que aquele tal estouro começou a ecoar. O ex-radialista esportivo Ivan Guimarães e o ex-presidente do Nacional, Maneca, sugeriram à presidência do São Raimundo a ideia de criar um Departamento Autônomo dentro do clube. Aderbal Lana foi convocado para comandar o projeto.

A ideia deu certo. Tanto que em 1998 o clube conquistou seu bicampeonato estadual, foi finalista da Copa Norte, perdendo o título nos pênaltis para o clube maranhense Sampaio Corrêa e na Série C chegou até à quarta fase, uma antes do tradicional quadrangular da Série C, sendo eliminado nos pênaltis pelo Itabaiana-SE.

Em 1999, o “Time do Povo” iniciou a temporada conquistando sua primeira Copa Norte, devolvendo nos pênaltis a derrota imposta pelo Sampaio Corrêa no ano anterior. O tricampeonato estadual veio ao vencer os dois turnos. Se sagrou vice-campeão da Série C e conseguiu o acesso à Série B, ficando atrás apenas do Fluminense-RJ.

Naquele ano ainda foi indicado para a disputa da Copa Conmebol por ter sido campeão da Copa Norte, e foi semifinalista do torneio continental sendo eliminado pelo CSA-AL. O novo milênio chegou e o São Raimundo se consolidou como uma grande força no futebol do Norte. Foi finalista da Copa Norte em 2000, 2001 e 2002, últimas edições do torneio, vencendo em 2000 e 2001 contra Maranhão e Paysandu respectivamente, perdendo em 2002 para este último.

Momentos ruins vieram depois disso, mas agora, no esplendor do seu centenário, o São Raimundo relembra suas glórias e com certeza renascerá das cinzas e voltará a se destacar, como o nosso querido Tufão de Delmo e Araxá. A Colina lotada cantará sua glória nas asas dessa Mocidade Imperial.

Autor: Igor Medeiros

A Mocidade Imperial da Matinha não realizará concurso de samba enredo, fará encomenda.

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