Representante oficial da Sereno de Campo Grande no Carnaval Virtual, a Acadêmicos da Coruja irá contar em 2021 a história da FILA. Isso mesmo, com o título do enredo “Phylum”, a azul e branco da zona oeste do Rio de Janeiro mostrará porque a gente desfila em filas no samba até as filas do dia a dia. Além disso, a agremiação promete levar várias surpresas, através de 15 alas e e 4 alegorias.
Confira a entrevista cedida pelo presidente, Wendel Machado:
1- Como conheceu a LIESV e por que a escolheu?
Conheci Já a Tanto Tempo nesta Época eu era Estagiário Na GRESV Peixe Vagabundo Só que acabei saindo e neste período passei por Agremiações da Outra Liga e agora em 2021 estou na LIESV Representar a Juventude Nascendo no Samba
2- Qual a história da sua escola, como foi fundada, qual o motivo, quais as cores, símbolos nome?
Bom Inicialmente Eu tava Triste por uma Agremiação que eu ia trazer ter ido a a outra Liga mas Com a Ajuda do Márcio Guilherme meu Grande Amigo do Samba ele Ajudou a Trazer a Acadêmicos da Coruja Suas Cores e Azul e Branco e sua Mascote e a Coruja e Foi numa Madrugada de 03/03/2021 foi fundada e iremos Representar a Sereno de Campo Grande
3- Qual será o enredo da sua escola e como ele será contado na passarela virtual (quantas alas, alegorias e demais elementos)?
Será “PHYLUM” Vamos Contar a História de Origem da Fila desde do porque agente desfila em filas no samba até as atuais Bom Prometemos Levar Várias Supresas levaremos 15 Alas e no Máximo 4 Alegorias contando com o Pede Passagem na frente do Abre Alas
4- Como a equipe da sua escola foi montada e quem faz parte dela?
Bom a Equipe Foi Criada Graças a Mim e o Galego e o Conselheiro Márcio nela atuam :
Galego Nosso Presidente de Honra
Marcus Lopes Enderdista
Diretor de Carnaval Henry Bernardo
Carnavalescos Cristiano Oliveira e Gabriel Viana
Interprete Márcio Preza
Casais de MS e PB Ana Duarte e Anderson (1) e Jéssica e Matheus (2)
A Corte está formada Pela nossa Rainha Tati Reis e pela Princesa Thais Oliveira e a Madrinha Kelly Jorge nossa Boneca Virtual da FM o Dia e a Musa e a Bia Ramos e as destaques Débora Witzel, Renata Capriglione Ex Rainha da Sereno de Campo Grande e Lethicya da Uiapuru da Mooca
E o nosso Conselho e formado Pelo Márcio Guilherme , Thais Moreira e Angélica Barbosa
5- E o samba enredo, vai fazer eliminatórias de samba ou vai encomendar? Se for eliminatórias, quais as regras da disputa, pra onde os compositores devem mandar os sambas e etc
Será por Encomenda
6- O que você e sua escola esperam do Carnaval Virtual 2021, tanto de vocês quanto das coirmãs?
Esperamos Fazer um Honroso desfile Representando muito bem a Zona Oeste e nos da Acadêmicos da Coruja Desejamos Muita Sorte para as nossas Coirmãs
Confira abaixo a logo e a sinopse do enredo da Acadêmicos da Coruja para o Carnaval Virtual 2021:
“Phylum“
Carnaval… mais um ano e eis-me aqui, cortejando minha escola. Eu, folião da Zona Oeste do Rio de Janeiro, trago comigo um sentimento, cuja cor é o azul-Sereno da Noite.
Noite e Sereno são irmãos de uma única mãe, a Madrugada, cuja natureza boêmia não lhe permitiu dar toda a atenção materna à sua criação: dormia ao longo dia, e, ao final deste, reinava pelos bares, botequins e pagodes da vida…. Seus pobres filhos rareavam de sua dedicação. Para amenizar sua falta, determina uma guardiã: a Coruja; Sua tradicional sabedoria, vinda de tempos históricos, seria a melhor companhia para seus filhos.
A nosso Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Acadêmicos da Coruja, tendo a própria Coruja como vigilante protetora, sob os olhos da noite, respirando ares serenados, emerge como uma agremiação predestinada a brilhar, ainda que sem a luz do sol.
Acompanhando o cortejo dos desfiles sinto algo diferente. Não sei o que virá após o carnaval deste ano. Meu olhar, está mais sensível, como num pressentimento de que nada será como antes. Pergunto-me, então, por qual motivo tantas pessoas se juntam para organizar e fazer acontecer um desfile. A coruja que habita em meu peito, inspira-me a descobrir…
A palavra desfile, tem sentido em “desfiar”, cuja origem, do latim, “filum” ou “phylum” dá a ideia de “puxar o fio”, remetendo-nos a noção de sequência, de “um após o outro”. Em meias palavras, um desfile significa uma sequência de pessoas e elementos que seguirão um após o outro. Uma fila.
A humanidade tem sua gênese na fila. Talvez a primeira fila da qual participamos tenha sido exatamente a “fila da evolução da espécie”, pela qual a teoria evolucionista se debruça para buscar respostas e entendimento para concretização da espécie humana tal qual somos. Mentalmente, lembro das famosas imagens de livros de biologia, que trouxeram exatamente essa tal fila, indo do chimpanzé ao homo sapiens.
Em determinado momento da evolução humana, se fez possível organizarmos a comunicação. Este cérebro ainda primata, começa a formar uma sequência lógica para se expressar. Então, dentro das cavernas, começamos a ruminar falas e a criar símbolos que representam atividades do dia a dia, surgindo, assim, as filas das palavras e símbolos. Essas palavras, ainda extremamente rudimentares, entram num tipo de fila para que possam fazer sentido e o mesmo acontece com as pinturas rupestres, que ao longo da evolução se “misturam” e formam o que chamamos de palavras, simbolizadas pelo ordenamento enfileirado de letras.
Com os números, acontece um fenômeno parecido: as primeiras atividades agropecuárias demandam o controle de gado, que passa pela contagem do rebanho. Neste inicio, o homem usa pequenas pedras para remeter-se à uma cabeça de gado. Com o tempo, surgem os primeiros símbolos cuja função seria representar números e quantidades, ordinariamente organizados em fila numérica.
Na música, outra fila se organizou para o melhor entendimento das suas bases: o monge italiano Guido d’Arezzo, regente do coro da Catedral de Arezzo, percebe que precisava-se criar um sistema escrito para os tons sonoros básicos. A partir de um hino a São João Batista que dizia: “Ut quant laxis / Resonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”, ele criou o sistema de notas iniciais que hoje conhecemos, com a única diferença da nota “dó”, que posteriormente, substituiu a antiga nota “ut”.
As sociedades, ao longo da história, sempre se sentiram na necessidade quase que instintiva, de organizar-se em filas sequencias para ordenar sua vida. Ao surgir as primeiras leis, estas são colocados em ordem semântica de importância, iniciando das mais abrangentes (gerais), às mais particulares, tanto na vida social como nos ensinamentos religiosos. Daí, surge a fila dos princípios a serem seguidos pelo povo e pelos fiéis. A fé, também possui sua fila própria, pois em muitas expressões religiosas, observamos a ocorrência das procissões (do latim: procedere, “ir em frente”) e cortejos (do italiano: corteggio, “desfile de apoiadores”).
Autor do enredo: Marcus Lopes
