Imperatriz Nordestina traz Mossoró para o Carnaval de 2020

Vice-campeão do Grupo de Acesso A em 2018, a Imperatriz Nordestina quer encantar o público com as histórias e lendas da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

ARTE DA LOGO:
Danilo Moraes

ENREDO:
ÀS MARGENS DO RIO MOSSORÓ, ELEVA-SE A TERRA DA LIBERDADE

RESUMO DO ENREDO

Introdução
Nas crônicas da gente brasileira
Queremos um lugar prá Mossoró
Cidade centenária e pioneira
Desbravadora do ínvio Sertão
Sofreram os seus filhos a canseira
Viveram na esperança a vocação
(Hino da cidade de Mossoró/RN)

1º Setor – Gênese mossoroense
De longe se via um rio, o rio mossoró. Águas calmas passavam cortando a terra. Ouvia-se o canto de índios, pareciam estar em festa, não sei, poderiam estar se preparando para uma guerra, eram índios Monxorós! Os primeiros habitantes desta terra. Segundo contam, eram cariris. Outros contam que eram potiguares e até mesmo, tapuius. Observando mais de perto, eram de tipo baixo, ágeis, cabeça achatada, espírito taciturno e fortes hábitos de guerra. Corre o tempo, e as margens daquele rio guardava, para o futuro, a construção de um marco, que, nascido de uma promessa é erguida ali a capela de Santa Luzia, erguida logo na entrada da fazenda que levava o mesmo nome da santa padroeira.


2º Setor – O Comércio de Mossoró
O terreno plano, a vegetação rala, as águas do rio e a fé fizeram com que o povoado de Santa Luzia do Mossoró fosse crescendo. Com o crescimento da povoação, foram surgindo pequenos estabelecimentos, de vendas alguns itens vendidos eram trazidos do Aracati, cidade próxima, no interior do Ceará. Os pontos de negócios estabeleciam-se em barracos, biroscas, vendas e bodegas que atendiam as necessidades dos moradores da região, vendendo utilidades de consumo imediato como o sal, café, querosene, fósforo, aguardente e ferramentas dos roçados e do campo, madeira e vidro. Na década de 80, depois de muitas tentativas, a perfuração do poço Mossoró-14 banha o solo mossoroense com petróleo, sendo o primeiro poço terrestre comercialmente viável do estado do Rio Grande do Norte.


3º Setor – Fé, festa e tradição!
O chão desta terra sustenta um misto de tradição e cultura que a faz se destacar. Ora, Mossoró inicia o ano ao som dos tambores, anunciando a passagem do Boi de Reis e, o mesmo som anuncia que os ursos estão passando nas ruas, pedindo dinheiro das senhoras nas calçadas e anunciando a proximidade do carnaval. Em junho, o São João mais cultural do Brasil toma de conta da cidade, iniciando no “pingo da mei dia” e encerrando na “boquinha da noite”, ainda neste período, a cidade celebra o espetáculo Chuva de Balas no País de Mossoró, que retrata o dia que o povo de Mossoró resistiu a Lampião e seu bando de cangaceiros, o expulsando de suas terras debaixo de tiro e resistência. Em setembro, festejando a Abolição, a cidade celebra com a sua maior festa cívica, o orgulho de ter sido pioneira na libertação dos escravos. Encerrando o ano, o mossoroense sai às ruas em louvor a sua Santa padroeira, Santa Luzia. A festa da padroeira de Mossoró é considerada a maior manifestação religiosa do estado do Rio Grande do Norte.


4º Setor – Mitologia Mossoroense
A mente deste povo guarda muita história, alguns chamam de mito, outros lhe asseguram que é verdade! Há quem fale ter visto o fantasma de Lampião rondando o Memorial da Resistência ao seu bando… Teve quem fosse procurar botija com as riquezas do cangaceiro Jararaca, e mudado de vida… Nas matas, ainda contam sobre Curupira, Mãe Fulosinha, Boi Tatá e Cabeça Satânica. Na terra da resistência, o imaginário popular contrasta fortemente com a razão, fazendo com que a riqueza mitológica deste chão tenha a cara de seu povo bravio.


5º Setor – Mossoró terra da liberdade
Desde a sua gênese o mossoroense carrega em si a resistência. A sede por defender o que é seu por direito move a população da capital do semiárido potiguar. As margens do Rio Mossoró guardam histórias de uma gente que enfrentou Lampião e seu bando… De mulheres que, com um motim, lutaram contra a obrigatoriedade do alistamento militar… Terra que abrigou a Celina Guimarães Viana, a primeira mulher brasileira que teve direito ao voto. Dentre tantos outros, Mossoró hoje canta a liberdade. Mossoró gritou, antes de todas, um NÃO A ESCRAVIDÃO! Hoje, Mossoró celebra na avenida a resistência de seu povo, que narra sua história e mostra para o Brasil que a Terra da Liberdade tem seu lugar as margens do Rio Mossoró.

REFERÊNCIAS
ARAUJO, Vagner. “Turma do Petróleo: A história do petróleo no Rio Grande do Norte”. 2012. Disponível em: http://turmadopetroleo-mossoro.blogspot.com/2012/08/a-historia-do-petroleo-no-rio-grande-do.html. Acesso em: 29/01/2020.
CARVALHO, S. M. A. Um lugar (in)existente: O “país de Mossoró” nas tramas da consciência histórica. 2012. 134 f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.
MAIA, Geraldo. A origem do comércio em mossoró. Jornal O Mossoroense, Mossoró, 24 de outubro de 2015. Disponível em: http://www.omossoroense.com.br/a-origem-do-comercio-em-mossoro/
SOUZA, F. F. História de Mossoró. Edição especial para o Acervo Virtual Oswaldo Lamartine de Faria. 1. ed. Mossoró: Coleção Mossoroense,. 2010.

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Regras do concurso de samba:

A Sociedade Virtual Imperatriz Nordestina receberá sambas até o dia 15 de abril de 2020, via e-mail (charltonjunior.92@gmail.com) ou Whatsapp (71)9 8668-1497.
Podem ser inscritos quantos sambas quiserem, solo ou em parceria. Não é necessário o uso de acompanhamento musical como cordas, podendo ser apenas o registro de voz à capella.
O áudio pode estar em qualquer formato, como mp3, wma.
Qualquer dúvida sobre o enredo pode ser tirada diretamente com o carnavalesco Charlton Júnior.

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