“A Cura Através da Fé” é o enredo da UVA no Carnaval Virtual 2024

Nome da Escola:Grêmio Recreativo Escola De Samba Virtual UVA (G.R.E.S.V. UVA)
Data de Fundação:01/01/2023
Cidade/Estado:Araraquara – São Paulo
Símbolo da Escola:UVA 🍇
Cores da Escola:Verde e Branco
Instagram da Escola:@g.r.e.s.v_uva
Nome do Presidente:Italo Vinícius Da Silva
Nome do Carnavalesca:Geovanna Fernandes Pina
Intérprete:Breno Lirio Almeida
Outros Integrantes:Presidente de Honra: Luciana Leandro
Vice Diretor Administrativo: Wendel Machado
Presidente da Ala de Composição: André Mattos
Diretor de Carnaval: Italo Silva
Mestra de Bateria: Biatriz Almeida
Coreógrafo de Comissão de Frente: Junior Ribeiro •Rainha De Bateria: Rafaella Brum
•Princesa De Bateria: Aline Santos
•Rainha Dos Passistas: Bianca Mattos
•MADRINHA DE BATERIA: SÂMY
•1° Musa Da Escola: Joyce Lima
•2° Musa Da Escola: Grazi
•Muso Da Escola: Celso Alves
•1° Casal: Thaynara Matias E Emanuel Lima
•2° Casal: Jéssica Ramos e Rafael Gomes
Enredo:A Cura Através Da Fé
Autor do Enredo:Fernando Constâncio

A Cura através da Fé

Resumo: Em sua estreia no carnaval virtual, a escola de samba Uva, levará para a passarela virtual o enredo “A cura através da fé”, buscando falar da relação entre fé, sabedoria popular e cura através dos tempos e de diversos povos. Iniciaremos essa trajetória em África, o berço dahumanidadeedaspráticasdecura.VamoscultuarObaluaê,OssaineIemanjá,entidades sagradas na África Iorubá, para trazer suas relações com as práticas de cura até chegar nos curandeiros africanos e suas práticas tradicionais de cura guiados pela fé. No segundo setor “Deuses da Cura – A prática de curar atravessa civilizações” serão abordadas relações de diferentes civilizações com diversos deuses da cura. Por fim, para finalizar o desfile será apresentado o último setor “A Cura através do Saber Popular – Práticas, ritos e signos”, abordando as diferentes formas de cura através do saber popular, as rezas, práticas, símbolos e ritos populares em busca da cura.

Sinopse:

1º Setor – África – O berço do poder de curar

Da terra que nasce e tudo tem seu fim que se inicia nossa trajetória. Tocando seu Xaxará, instrumento feito com as palhas de um dendezeiro, ornamentado por búzios e contas que Obaluaê percorre seus caminhos, varrendo as doenças, impurezas e males. É tempo de cura para o Orixá dos enfermos na África dos Iorubás. É tempo de evocar a sabedoria dos sacerdotes curandeiros africanos, na mistura intensa das batidas de tambores com as forças da natureza, protagonizando, através da crença desses elementos, na primeira relação entre o homem e o ato de curar. É também tempo de protagonizar a força da natureza que rege Ossain, na África dos Iorubás. O curandeiro que carrega consigo o pássaro do poder é responsável pelo manuseio e controle das plantas e ervas, auxiliando na cura e proteção de todos. Cura que também se manifesta nas águas salgadas de Iemanjá, a filha de Olokun e mãe cujo os filhos são como peixes, decidindo o destino de todos aqueles que adentram os mares. Iemanjá purifica as águas salgadas e cura todos os males de seus filhos que perpassam suas águas salgadas. Caminhos de cura abertos através da sabedoria secular africana, manifestando-se nas encruzilhadas do cotidiano dos Iorubás, referenciada na oralidade e na natureza.

Setor 02 – Deuses da Cura – A prática de curar atravessa civilizações

O ato de curar também está presente em diversas civilizações, sobretudo através do contato de deuses e deusas. Assim, povos atravessam suas particularidades com a cura através do contato divino. No antigo Egito, o ato de curar estava atrelado à Imortalidade. Buscava-se mumificar faraós, reis, rainhas e princesas buscando conservar e curar o corpo físico em busca da imortalidade, representado através do Deus Anúbis, considerado o deus da morte, do submundo e da mumificação. Mas é através de Sekhmet, que os egípcios depositavam suas crenças na cura. A Deusa que possui uma cabeça de leão traz a cura para os males disseminados no antigo Egito.
Já na Índia, o deus da cura do Hinduísmo emerge de um oceano de leite. É Dhanvantari, que portando um pote de amrita, o elixir da Imortalidade, rememorado e festejado todo ano no festival das luzes. Na mitologia grega, destaca-se Panaceia, a cura para todos os males do povo grego. Em Roma, o Deus que nasceu como mortal, mas depois de sua morte virou imortal e transformou-se na constelação de Ofiúco, filho de Apolo com Corônis, Esculápio foi conhecido como o Deus dos doentes e desesperados, passando a educar a arte das ervas medicinais e cirurgias. Chegando a Mesopotâmia, a principal entidade relacionada à saúde é a deusa Gula. Já na América, a crença do povo maia faz emergir a figura de Itzamna, a Casa dos Lagartos. Deus dos céus, do dia e da noite, inventor da escrita, do calendário e criador dos rituais religiosos. Segundo a crença do povo maia, Itzamna auxilia a humanidade com os seus poderes de cura, transformando-se em um pássaro, sobrevoando a noite estrelada. Na mitologia Guarani, na América do Sul, Tupã, espírito dos trovões, criador dos céus, da terra e dos mares ensinou a agricultura, o artesanato e a caça para seu povo, concedendo, também, o conhecimento das plantas medicinais e dos rituais mágicos de cura para os pajés, fazendo uma grande celebração tupi-guarani sobre os rituais de cura.

Setor 03: A Cura através do Saber Popular – Práticas, ritos e signos.

Na sabedoria popular vale qualquer rito para buscar a cura do corpo, da alma, da mente ou mesmo contra os males da vida. Vale um preparo com ervas, fazer figas e ex-votos e até mesmo fazer promessas pra todo tipo de santo. Todos os anos em Salvador devotos cumprem promessas nas escadarias do Senhor do Bonfim, lavando suas escadas e amarrando fitinhas coloridas em agradecimento ao santo por seus feitos, milagres e curas. Devoção e agradecimento que se expressa em diversas santidades e ritos no Brasil, através de pagadores de promessas que depositam velas, figas e carregam os mais diversos patuás em agradecimento à cura alcançada. Devoção que reverbera através de Nossa Senhora Aparecida, a mãe negra do Brasil, encontrada por pescadores e responsáveis por diversos milagres e curas desde o seu achamento ou mesmo através da figura de São Rafael Arcanjo, o curador divino, curando as feridas da alma e do corpo.
A crença popular na cura também se manifesta através da natureza, no manuseio das plantas e ervas medicinais. Manuseio milenar, responsável pela cura de enfermos ao longo do tempo. Ervas e plantas que são manuseadas pelas benzedeiras e curandeiros, praticando suas benzeduras com galhos de ervas, rezas e gestos, em regiões onde, durante muitos anos, os médicos não chegavam. Ervas que também são preparadas e manuseadas pelas mãos de pretos velhos, carregando consigo toda a ancestralidade do conhecimento de cura através dos tempos. Sabedoria popular que forma um verdadeiro sincretismo religioso levando cura e fé para todo o mundo.

Regras do Concurso:O Samba Foi Encomendado.
Comentários do Facebook
%d blogueiros gostam disto: