Uma das escolas mais queridas pela comunidade do Carnaval Virtual, apresenta seu enredo para o Carnaval 2022. A Comigo Ninguém Pode, carinhosamente chamada de CNP, presidida por Miguel Lemos, levará o enredo “Folia: me alucina, me fascina e me conduz nessa viagem carnavalesca!” para a Passarela Virtual João Jorge 30. Mantendo a mesma equipe no seu terceiro Carnaval Virtual, a agora experiente alviverde aposta todas as suas fichas neste enredo em busca do tão sonhado título do Grupo de Acesso.
Confira a entrevista cedida pelo presidente, Miguel Lemos:
1- Como conheceu a LIESV e por que a escolheu?
Conheci a Liesv através do Carnaval real quando um carnavalesco citou a Liesv daí fui pesquisar sobre e achei, escolhi a Liesv pois ano passado e retrasado nos acolheram com muito carinho, e a Liesv nós ajudou muito no ritmo emocional, por isso nós a escolhemos.
2- Qual a história da sua escola, como foi fundada, qual o motivo, quais as cores, símbolos nome?
Nossa escola foi fundada através da natureza pela Planta Comigo ninguém Pode, daí surgiu a ideia de criar a Comigo Ninguém Pode conhecida como CNP, foi fundada em 2020, o símbolo dela é a planta Comigo Ninguém Pode, as cores são verde e branco.
3- Qual será o enredo da sua escola e como ele será contado na passarela virtual (quantas alas, alegorias e demais elementos)?
Bom a nossa escola irá levar para a Passarela Virtual em 2022 o enredo “Folia: me alucina, me fascina, me seduz e me conduz nessa viagem carnavalesca!”.
Uma longa viagem com a nossa querida protagonista folia, uma viagem de 5 setores que são divididos em, Folia e os Carnavais Antigos, Folia viaja pelos Carnavais do Brasil(Estados), Folia no Maior espetáculo da Terra, Folia na grande festa de Rei Momo e a Folia encontra o Carnaval Virtual.
Será uma viagem divertida, carnavalesca e belíssima com a Folia!
Esperem um belíssimo desfile!
4- Como a equipe da sua escola foi montada e quem faz parte dela?
Somos praticamente a mesma equipe do último Carnaval com nenhuma mudança sempre mantendo o nosso Carnavalesco Alexandre Lemos e nosso Intérprete e Presidente Miguel Lemos.
5- E o samba enredo, vai fazer eliminatórias de samba ou vai encomendar? Se for eliminatórias, quais as regras da disputa, pra onde os compositores devem mandar os sambas e etc
Faremos concurso de samba.
Regras:
.Não é permitido no samba o termo CNP
.A gravação pode ser caseira
.Uso de instrumentos não é obrigatório
.O Compositor tem direito a dois sambas e duas parcerias
.O samba pode ser Solo ou equipe
O nosso concurso vai até o dia 01 de maio e o samba deverá ser enviado ou para o nosso contato ou para a nossa página do instagram:
Instagram: @g.r.e.s.v.cnp
WhatsApp: 98300-5574
Boa Sorte a Todos e Envie seu samba!
6- O que você e sua escola esperam do Carnaval Virtual 2022, tanto de vocês quanto das coirmãs?
Olha, esperamos um carnaval bem disputado e claro né com muita alegria pra CNP e com um título para nossa querida escola, e á nossas coirmãs boa Sorte e um ótimo Carnaval Virtual!
Confira abaixo a logo e a sinopse do enredo da Comigo Ninguém Pode para o Carnaval Virtual 2022:
“Folia: me alucina, me fascina e me conduz nessa viagem carnavalesca!”
“Folia: me alucina, me fascina, me seduz e me conduz nessa viagem Carnavalesca.”
E veio ao mundo espalhando alegria…
E veio ao mundo espalhando alegria…
Como se fosse magia, sedução, fantasia, nasce em forma de mulher. Seu nome é Folia, enviada da alegria, dona de rara beleza, aquela que comanda o cortejo, o som e a cor do tambor. Sem ela não há poesia, pois entre os astros, é o sol que irradia.
Foi ela, faceira
Notada pela multidão
Mas não existe um brincante
Que ocupe seu coração
A Folia é encantadora
Energia que fascina
Difícil não se apaixonar
Pela luz dessa menina
Entre tantas majestadas, és dona das ruas das cidades, onde a festa se espalhou.
Entre tantas majestades, és dona das ruas das cidades, onde a festa se espalhou.
Um dia, cansada de ser sozinha, decidiu que viajaria pelo mundo da ilusão. Saia armada com laços e fitas, carregava uma viola, onde batia seu imenso coração. A pulsação dava o tom de toda festança, onde a Folia dança, a tristeza não se cria. E pelas rua, nas calçadas e varandas, ela foi a testemunha dos Entrudos e Cheganças. As batalhas de confete e serpetina, onde Folia-menina, conheceu um grande amor. Antes de acabar a brincadeira, apaixonada já estava nas trincheiras do Corso que chegou. Limão de cera, água de cheiro, flecha certeira, quem era aquele mascarado, que roubou sua atenção? Pelo baile, lhe chamavam Zé Pereira, com seu bumbo encantava e arrastava a multidão.
Rodopia no asfalto
Confete volta a bailar no ar
Estrela das Sociedades
Pelos corsos a cantar
Fez o bumbo emudecer
Parado ficou Zé Pereira
A batida do coração
Foi o tom da brincadeira
A Folia, dona das cores do mundo, seguia o Zé e seu bumbo, era mais uma no cordão
A Folia, dona das cores do mundo, seguia o Zé e seu bumbo, era mais uma no cordão
Entre suspiros, cantava marchinhas, com temas de festa, humor e amor! Foi aí que cruzou toda a cidade, atrás das Grandes Sociedades, onde o coração disparou. Ô Abram alas, deixe ela ver, quem chegou na brincadeira, parando o Bal Masquê. Foi o Pierrô, procurando a Colombina. Arlequim ficou quietinho, também ama essa menina. O som da banda não pode parar, mas a Folia vai embora, vai brincar noutro lugar.
Entre tantas arrelias
Lá vai Folia
Fantasiada, mascarada
De bailarina brincou
De odalisca dançou
Enfeitiçou a Onça
Fez Cacique delirar
Quando vestiu o vestido
Cheio de bolinhas pretas
Batizou outro Cordão
Que seria o maior do planeta
Pegou o bonde da história e saiu por aí, com saia rendada, cantando a sorrir. Conheceu tantos lugares diferentes, onde a festa é a mesma, com perfil irreverente. Os bonecos que do alto, animam a galera, o Galo que canta depois da meia-noite e acorda essa terra! Pelo Recife se banhou no mar de alegria, nas ladeiras de Olinda perdeu o ar de tanto brincar. As cores do Frevo colorem sua saia, o cortejo da Rainha ela foi acompanhar! O maracatu chegou, com garbo, elegância e amor, a cultura que lhe ferve o peito, acarinha o coração.
A Folia reverenciou toda as lindas Nações. Ajoelhada aplaudiu o ato da coroação!
Subiu ladeira de lá
Desceu o morro de cá
Foi no Marco Zero
Que Folia fez mais sucesso
E o cheiro do perfume
Pela ruas de Salvador
Folia seguiu cortejo
Reverenciando a negra cor
Estrela que brilha, ilumina a festança, a Folia é menina no meio de tanta frevança
Estrela que brilha, ilumina a festança, a Folia é menina no meio de tanta frevança
A Folia não sossega, ela só quer conhecer, seguindo as ondas, risadas, a Folia viu nascer. O bloco que agita a cidade, tem a cor da negritude, no Curuzu ela viu a realeza do Ébano brilhar por toda Salvador. Era o Ile Aiyê, bloco de raro valor. O Axé correu ligeiro, fez o trio eletrizar! O povo que segue o trio, faz pipoca estourar. A Folia em Salvador não dormiu um dia só. Jurou que voltava à Bahia, todo ano pra brincar e recarregar as energias nos blocos e afoxés… Afoxés que vem chegando, atrás deles a Folia. Dançar ijexá, cantar com axé, essa iguaria da Bahia!
A Folia tem dendê, ferve no asfalto quente, a Bahia tem axé, essa terra é diferente
A Folia tem dendê, ferve no asfalto quente, a Bahia tem axé, essa terra é diferente
Quando pensou descansar, mudou o rumo da prosa, foi parar no interior. A Folia se vestiu com saia quadriculada, onde a marchinha tinha sotaque arrastado e troça. Em São Luiz do Paraitinga viu clima familiar, e atrás do Seu Barbosa, a Folia foi brincar.
Nova rota, nova festa, mesma celebração. Foi no Rio de Janeiro que a Folia virou samba-canção. Entre tantos desfilantes, se viu em lindas cabrochas. Com os enredos conheceu, histórias de gente bamba e prosa. Tantas cores diferentes, quantas lindas bandeiras. O morro valoriza a cultura brasileira. A Folia se entregou ao asfalto e ao batuque. Coração bateu junto com as tradicionais baterias, explodiu na arquibancada, espalhando a alegria. O cortejo colorido, que emociona a multidão, faz mais lindo o Carnaval. As escolas de samba são patrimônio nacional.
Sambou no amanhecer
Aplaudiu velha baiana
Rodopiou, festejou
Fez o povo inteiro cantar
Sambas que marcaram a história
E gravados na memória
De todo sambista
Antes que tudo acabasse, o Rei Momo apareceu. Queria lhe mostrar o reino, onde os sonhos eram todos seus. Na maior festa do mundo, ele era o comandante. Entre tantas fantasias, todos éramos brincantes. A chave que carregava era símbolo maior! No período que reinasse, ninguém viveria só. Pelas ruas das cidades, pierrôs e colombinas, bate-bolas e havaianas, arlequins e arlequinas. O Grande Baile da Folia, assim foi batizado. A coroa que era de Momo, mudou de reinado. A Folia conheceu a maior concentração, de alegria, de brincadeira, da vida, a celebração.
E como toda história termina, a nossa termina assim. Somente na Quarta-feira, a Folia vai embora. Mas ano que vem retorna. Vem reinar pro folião, que durante todo o ano espera a sua aclamação.
O amor pela festança
Fez Folia se logar
No mundo virtual
Onde entre bits and bytes
Ela faz seu carnaval
Entre likes e curtidas
Com ela, Ninguém pode
A Folia foi embora, mas prometeu voltar. E o ano só começa depois que ela decretar.
Autor do enredo: Alexandre Lemos