De verde e branco, Acadêmicos de Ibiamon traz o batuque afro do sul na sua estreia na LIESV.

A escola vem mostrar toda a ancestralidade afro do sul país.

Em sua estreia na LIESV a escola promete fazer bonito conversamos com o presidente Rodrigo Lopes sobre a estreia da escola e ele nos contou um pouquinho sobre as expectativas da estreia:

1.       Por que a escola escolheu esse enredo?

A escola quer apresentar a todos o batuque Afro-Sul, o que é e como funciona.       Desde a chegada dos negros ao Rio Grande do Sul até os rituais praticados. Vamos realizar uma verdadeira Festa de Batuque.

2.       Como será desenvolvido na passarela João Jorge 30? (Ficha técnica, alas, alegorias, casais e afins)

O enredo será apresentado em cinco setores e 21 alas.

3.        Qual a motivação da escola em busca do título?

Em nossa estreia vamos apostar em novos talentos, desde o enredista/carnavalesco até o intérprete. Vamos continuar resgatando a alma do RS em enredos regionalistas que já apresentávamos em uma Liga de enredos (LIESE).

Subindo degrau por degrau até alcançar nosso objetivo.

4.       O que os espectadores podem esperar da escola em 2020?

Como estreante, podem esperar um enredo afro daqueles que todos amam, com muito orixá, palavras em Yorubá e fundamento.

5.       Como será feita a escolha do samba?

Será um samba encomendado.

6.       Considerações finais:

Desejando um bom desfile a todas as escolas, esperamos cumprir o mínimo de uma escola que é apresentar um bom enredo e um bom samba, o resultado é uma consequência e o trabalho não pode parar. Sucesso!

SINOPSE:

A Ibiamon se veste de branco e anuncia: Hoje tem festa de Batuque!

Desde o início contigo estou, te acompanhando. Te escolhi como filho, para que juntos possamos cumprir seu Odu. Serei dono de teu Ori. Guiarei teu destino a cada minuto, sempre te amparando e acolhendo. Estarás sempre sob meus cuidados. Oxum te dará o conforto de seu ventre, te fará a pessoa mais amada do mundo durante a gestação. Iemanjá, dona dos pensamentos, mãe das mães, fará de seu crescimento como um mar, sereno e constante.

Os ventos de Oya, empurram minha gente a um novo continente, uma gente sofrida, com a alma doída por abandonar sua terra. Desembarcando de Daomé, no sul do Rio Grande, já desmemoriado, nas mãos do colonizador. Na calada da noite, sua raiz clama, o pranto chama, e eu aqui estou. Manifesto minha bondade, meu amor e meu conforto. Suas tradições ainda estão aí, resgata! Quem foi rei, nunca perde a majestade.

E com muita luta e persistência, sua fé resistiu, e a sua crença expandiu.
Inicia meu filho, me reencontra, vou caminhar junto de ti a partir de agora. Confirma teu Ori, une teu elo a mim. Energiza-me, energiza-se! Cada “obrigação” estaremos mais próximos, dança pra mim, me presenteia, vamos unir nossas vidas. Seu babaô vai apresentar você para sua comunidade, e vai organizar uma grande a festa, a sua, a nossa festa.

Reúna seus amigos, seus irmãos de fé, se esmere em cada detalhe, faça tudo com o coração.

A roda gira, a reza fala ao coração, os olhos marejam, os orixás se manifestam. É festa no Ylê, é festa no Orun. Agora sim, seja feliz e tenha uma vida abençoada, por mim e pelo criador, nosso pai Oxalá, que com seu Alá, irá te cobrir de bênçãos e realizações.

A Acadêmicos de Ibiamon irá encomendar seu samba enredo.

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