“Modernismo movimento cultural, onde tudo começa e acaba em carnaval” é o enredo da Ases Imperial para o Carnaval Virtual de 2022

A Ases Imperial, escola do presidente André Rangel, estreará no Grupo Especial do Carnaval Virtual em 2022 trazendo o enredo “Modernismo movimento cultural, onde tudo começa e acaba em carnaval” que será desenvolvido por Carlos Sousa, novidade da agremiação Francana, uma vez que Wendel Henrique, que assinou os últimos 3 desfiles da escola, saiu por problemas pessoais. Renê Sobral segue no microfone oficial e o samba enredo será encomendado.

Confira a entrevista cedida pelo presidente, André Rangel:

1- Como conheceu a LIESV e por que a escolheu?

A muitos anos eu via notícias sobre carnaval virtual, até que em um evento da Acadêmicos do Tucuruvi,  conversa com Vinicius Marques, resolvi transformar meu perfil no Cartola em escola virtual, e a Liesv por ser a verdadeira precursora do carnaval virtual.

2- Qual a história da sua escola, como foi fundada, qual o motivo, quais as cores, símbolos nome?

Como dito antes, era um perfil no Cartola, em homenagem a duas escolas que gosto muito, Ases do Ritmo, (maior campeã de Franca), e Império de Casa Verde, as cores e o símbolo são também uma mistura de características das duas agremiações.

3- Qual será o enredo da sua escola e como ele será contado na passarela virtual (quantas alas, alegorias e demais elementos)?

“Modernismo movimento cultural, onde tudo começa e acaba em carnaval” é o enredo que eu sempre quis, sobre a semana de arte moderna, ainda comemorando os vinte desfiles da Liesv e os cinco da Ases.

4- Como a equipe da sua escola foi montada e quem faz parte dela?

A escola tá com uma cara nova, por questões particulares Wendel Henrique deixou de ser nosso carnavalesco, então trazemos outro amigo, o Carlos Sousa, além de mantermos Renê Sobral no microfone, com mais amigos nas diretorias, Cuca, vice presidente, Vinicius diretor de carnaval e Luis diretor de comunicação.

5- E o samba enredo, vai fazer eliminatórias de samba ou vai encomendar? Se for eliminatórias, quais as regras da disputa, pra onde os compositores devem mandar os sambas e etc

Dessa vez será encomenda.

6- O que você e sua escola esperam do Carnaval Virtual 2022, tanto de vocês quanto das coirmãs?

Esperamos um carnaval grandioso, não de tamanho mas de qualidade, os olhares estão se voltando à Liesv, e pelo menos de nossa parte honraremos a história e o tamanho da Liesv, com um carnaval de qualidade e acredito que será assim nas coirmãs, cada uma com sua característica.

Confira abaixo a logo e a sinopse do enredo da Ases Imperial para o Carnaval Virtual 2022:

“MODERNISMO, MOVIMENTO CULTURAL ONDE TUDO COMEÇA E ACABA EM CARNAVAL”

INTRODUÇÃO
Neste ano de 2022 iremos comemorar os 100 anos da Semana de Arte Moderna, o evento que mudou a arte brasileira e que ainda repercute na nossa história cultural até hoje. Por isso a Ases Imperial, imbuída do espirito do modernismo, vem para a Passarela Virtual contar esta história e também exaltar que o movimento modernista começou, entre outras inspirações, por causa de um Carnaval, o de Manuel Bandeira. Vai mostrar também que a semana ocorreu no mês do Carnaval, fevereiro, e que ela acaba em outro Carnaval, o Virtual, onde recebe esta grande homenagem para comemorar seu centenário junto aos vinte anos de desfiles da LIESV e os cinco anos da Ases Imperial. Venha com a gente celebrar esta história modernista e carnavalesca.


SINOPSE
O ano era 1922, fevereiro, o mês em que o Brasil comemora sua maior festa popular, o Carnaval. Um grupo de artistas de diferentes áreas se uniu durante os dias 11 e 18 daquele mês não para festejar, mas sim para revolucionar. Mas nossa história começa um pouco antes, também em um Carnaval. Voltamos a 1919, o Brasil e o mundo começavam a sair de uma grande pandemia, a Gripe Espanhola. Enquanto nas ruas o povo, independente de classe, raça e gênero, comemorava, um livro começaria a mudar a arte brasileira. É tudo começou em um Carnaval. Um Carnaval de Manuel Bandeira. Com seu poema “Os Sapos” o escritor criticava o parnasianismo em voga na literatura da época e dava mais um passo para que a nossa arte se modernizasse. Em meio a confetes, serpentinas, lanças perfume, pierrôs, colombinas, bolas pretas e até gente sozinha, o Modernismo Brasileiro começava em um Carnaval.


Desde o inicio do século XX a arte brasileira passava por modestas mudanças. Neste período surgiu uma nova intelectualidade nacional, oriunda das classes sociais mais abastadas e que enriqueceram com a politica do café com leite da velha república. É neste cenário que jovens escritores, músicos, poetas e pintores surgem com ideias vanguardistas influenciadas por movimentos como o futurismo, o expressionismo, o pós-impressionismo e o cubismo. Anita Malfatti, Oswald e Mario de Andrade, entre outros começam a dar forma ao que viria ser o Modernismo brasileiro. Com novos ideais este grupo começa a crescer e busca unir seus conhecimentos com a cultura brasileira para criar uma nova arte moderna e nacionalista. E tudo isso leva estes artistas, em janeiro de 1921, ao Palácio Trianon em São Paulo, para estabelecer, durante um banquete, o que viria a acontecer um ano depois.
Onze de fevereiro de 1922 começa, no Teatro Municipal de São Paulo, a revolução. Aquilo que começou anos antes em um Carnaval e na mente de brilhantes artistas finalmente toma forma. Pinturas de Di Cavalcanti e esculturas de Brecheret dão as boas vindas, no saguão, aos convidados, provocando diferentes reações do público. A música de Guiomar Novaes e Villa-Lobos embala as noites de arte moderna e claro que as vaias tomam conta das cadeiras quando é recitado aquele poema de Manuel Bandeira que deu inicio ao fim do parnasianismo. Os conservadores criticaram tudo que a semana de arte moderna mostrou, mas no fim acabaram derrotados. A arte venceu. O modernismo triunfou e ainda hoje, cem anos depois falamos daquela semana revolucionaria.


A Semana de arte moderna não acabou em fevereiro de 1922. Ela seguiu dando frutos para a arte brasileira. Nos anos e décadas que se seguiram o Brasil viu o modernismo evoluir e se expandir. Primeiro surgiram as revistas Klaxon e Antropofágica, dando voz ao que estava sendo produzido naquele período. Surgiram movimentos de continuidade. Entre eles o mais importante foi o antropofágico, liderado por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral e tudo foi resumido em um Abaporu. Nas décadas seguintes o modernismo alcançou outras regiões do país, trazendo autores nordestinos e sertanejos aos holofotes. Nos anos 60, em meio a um dos períodos mais turbulentos da nossa história, ele evoluiu se tornou mais colorido e se vestiu de tropicalismo.
O Modernismo é ainda hoje presente na arte e em vários aspectos da cultura brasileira e está presente até mesmo no Carnaval, que também se modernizou. Em 2003 surgiu na internet uma nova espécie de Carnaval. Um Carnaval Moderno, antenado aos novos tempos do computador e da internet, o Carnaval Virtual da LIESV, a Liga Independente das Escolas de Samba Virtuais. E nesse Carnaval moderno e modernista que comemora seu vigésimo desfile em 2022 que em 2017 surgiu a Ases Imperial, nome dado em homenagem a escola de samba Ases do Ritmo, da cidade de Franca, interior de São Paulo. E nestes cinco anos a Ases se mostrou sempre ser uma escola de samba virtual com a cara da semana que mudou a arte brasileira 100 anos atrás. Por isso hoje faremos uma grande festa para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna, os vinte desfiles das LIESV e os cinco anos da Ases, pois o Modernismo é um Movimento Cultural, onde tudo começa e acaba em Carnaval.


SETORIZAÇÃO
Setor 01: Carnaval de Manuel Bandeira, do Brasil e do Modernismo
Setor 02: A semana que começou antes
Setor 03: A Semana mais importante da Arte Brasileira
Setor 04: A semana que não acabou
Setor 05: Tudo Acaba em Carnaval

Ideia Original: André Rangel e Theo Valter

Autor do enredo: Theo Valter Knetig

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