Nome da Escola: | GRESV Rosa Vermelha |
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Data de Fundação: | 15/05/2013 |
Cidade/Estado: | Parintins – AM |
Símbolo da Escola: | Uma Rosa |
Cores da Escola: | Vermelho, Branco e Dourado |
Instagram da Escola: | @gresvrosavermelha |
Nome do Presidente: | Mateus da Rosa |
WhatsApp para Contato: | 51997032789 |
Nome do Carnavalesco: | Victor Farias |
Intérprete: | Claudio Bardelli |
Outros Integrantes: | Alexandre Garcia – Diretor de Carnaval |
Enredo: | Aldeia Global – A Vida em Harmonia do Funcionamento Universal |
Autor do Enredo: | Victor Farias |
ALDEIA GLOBAL – A VIDA EM HARMONIA NO FUNCIONAMENTO UNIVERSAL
PROPOSTA DO ENREDO
“Por isso que os nossos velhos dizem: “Você não pode se esquecer de onde você é e nem de onde você veio, porque assim você sabe quem você é e para onde você vai”. Isso não é importante só para a pessoa do indivíduo, é importante para o coletivo, é importante para uma comunidade humana saber quem ela é, saber para onde ela está indo…” – Ailton Krenak em “O eterno retorno do encontro”
As visões do mundo dos povos indígenas destacam a interdependência entre humanos e natureza, reconhecendo que todas as formas de vida estão interligadas. Essa perspectiva, muitas vezes expressa por meio de práticas tradicionais e rituais, ressalta a importância de tratar a Terra com respeito e reverência.
Além disso, a sabedoria indígena valoriza a preservação do conhecimento transmitido de geração em geração, enfatizando a importância de se viver em equilíbrio com o ambiente. Essas comunidades adotam frequentemente práticas sustentáveis de agricultura, pesca e caça, respeitando os ciclos naturais e promovendo a biodiversidade.
Integrar essas perspectivas no desenvolvimento sustentável pode contribuir para a criação de políticas ambientais mais eficazes, promovendo a conservação ambiental, o respeito aos direitos territoriais indígenas e a construção de um futuro onde as próximas gerações possam herdar um planeta saudável e equilibrado.
A Roseira, enquanto movimento cultural virtual, torna-se um canal contemporâneo de comunicação artística e ao reconhecer e valorizar estas culturas, abordará valiosas lições sobre coexistência com o planeta. Aldeia Global é mergulhar dentro de nosso Brasil indígena e aprendermos as lições ancestrais para um futuro de harmonia e funcionamento universal.
SINOPSE DO ENREDO
O CACIQUE DO FUTURO ANCESTRAL
Nas asas da transcendência, os pajés mensageiros do futuro tecem uma rede de fios luminosos que entrelaçam as almas de todos os povos e sussurram aos ouvidos do mundo ideias como pétalas ao vento.
Sob o manto etéreo de um céu que abraça todas as terras, ergue-se o cacique da aldeia global, um sábio indígena de um amanhã que dança entre as estrelas. Seus olhos refletem séculos de sabedoria, e suas palavras são rios de luz que fluem para unir corações dispersos pelos ventos da modernidade.
O cacique Megaron é um tecelão de pontes entre o antigo e o porvir. Suas palavras são como canoas navegando nos rios do entendimento, conectando almas e culturas em um só ideal. Que a aldeia global, floresça como um jardim de sabedoria, onde a sabedoria de cada tradição desabroche para embelezar o tecido da existência universal.
A aldeia global é um círculo sagrado onde as fronteiras são traçadas pelo entendimento mútuo, e o cacique do amanhã, como um eco ancestral, traz consigo a lição da união. Seus ensinamentos são canções de respeito à diversidade, ecoando como tambores que ressoam em todas as línguas.
TORÉ: O RITUAL DA SABEDORIA
Nas margens serenas dos rios que entrelaçam a vastidão do verde Brasil, dança a sabedoria ancestral dos povos originários. Como folhas que caem suavemente ao sopro do vento, seus ensinamentos são sussurros antigos, ecoando através das eras.
No coração da floresta, onde a luz do sol se entrelaça com a sombra das árvores seculares, repousa a essência de uma sabedoria que se tece nas tramas invisíveis do tempo. As vozes dos anciãos são como cânticos sagrados entoados pelas aves, revelando segredos guardados nos seios da terra.
Na simplicidade da vida cotidiana, os povos indígenas entrelaçam-se com a teia da existência, guiados por uma compreensão profunda da interconexão entre todos os seres. Cada planta, cada animal, é um irmão na jornada espiritual, e a terra é um livro aberto, onde as páginas são marcadas pela presença respeitosa dos que a habitam.
Assim, se faz o Toré da sabedoria ancestral, uma canção eterna, cujas notas ecoam na brisa da manhã e numa celebração da vida, um testemunho poético de uma conexão que transcende o tempo, recordando-nos da beleza da simplicidade e da riqueza que reside na harmonia com a natureza.
LIÇÕES DO FUNCIONAMENTO UNIVERSAL
Os ritos ancestrais, conectam-nos ao divino, recordando-nos que somos todos parte de uma vastidão cósmica, entrelaçados pelos fios invisíveis do sagrado. Nas trilhas douradas pelo sol poente, os povos indígenas erguem suas vozes como cânticos ancestrais, revelando lições sagradas para um mundo que anseia por equilíbrio e compaixão.
No coração da floresta, onde as árvores guardam segredos milenares, aprendemos valiosas lições na união com a terra. Como o rio que abraça as margens, somos convidados a abraçar a natureza como um lar sagrado, respeitando cada elemento como um elo valioso na grande teia da existência.
Na dança das folhas ao sabor da brisa, descobrimos a harmonia entre todos os seres e a melodia da criação. Cada ser, humano ou não, grande ou pequeno, possui uma voz única na sinfonia cósmica, e a diversidade é a celebração da riqueza como chuva que flui na garantia de futuras gerações.
Assim se desenha um mapa para um mundo melhor. Um mundo em que a terra é reverenciada, a diversidade é celebrada, a espiritualidade é cultivada, e a comunidade é sustentáculo. Que possamos aprender com esses sábios guardiões da terra, acolhendo as lições que fluem como rios de sabedoria para nutrir a semente de um amanhã mais luminoso.
A GRANDE MALOCA SEM MALES
No horizonte que se estende como um abraço acolhedor, os antigos sábios das tribos contemplam temas contemporâneos com olhos de sabedoria. A tecnologia é bem-vinda, mas com a condição de que caminhe de mãos dadas com a preservação. O progresso é uma canoa que deve fluir harmoniosamente nos rios da fraternidade.
A conexão com a natureza é a bússola que orienta cada passo. A ecologia é a cartografia da alma, e a biodiversidade é a tinta que colore os sonhos de um futuro onde a floresta continua a ser o coração pulsante de uma existência equilibrada e resiliente, sem fome, sem doenças e males.
Na coreografia das águas, a biodiversidade é a dança da vida. Cada criatura, de penas coloridas a escamas cintilantes, é uma nota única na sinfonia da natureza. O eco dos pássaros é um lembrete suave: a ecologia é a canção que embala a existência.
Os rios, como veias pulsantes da terra, irrigam não apenas a floresta, mas também os corações que compreendem a necessidade de preservar, reverenciar e proteger esse santuário verde. Cada árvore erguida é um testemunho de responsabilidade, um juramento de cuidado para as gerações que dançarão ao redor da grande maloca sem males, a aldeia global.
Victor Farias – Carnavalesco
O ENREDO
A utilização dos meios virtuais na transmissão de mensagens e comunicação de massa desempenha um papel fundamental na preservação, disseminação e evolução da cultura contemporânea. A importância dessa convergência entre cultura e meios virtuais é notável em vários aspectos.
Em primeiro lugar, a digitalização proporciona uma plataforma global para a expressão cultural. Através da internet e das redes sociais, pessoas de diferentes partes do mundo podem compartilhar suas tradições, artes, músicas e narrativas. Isso não apenas enriquece a compreensão intercultural, mas também permite que culturas antes marginalizadas ou pouco conhecidas alcancem audiências mais amplas.
Além disso, os meios virtuais possibilitam a preservação e documentação eficaz das manifestações culturais. Arquivos digitais, plataformas de vídeo online e repositórios virtuais permitem que tradições sejam registradas e acessadas ao longo do tempo. Isso é particularmente crucial em um mundo em constante mudança, onde muitas culturas enfrentam desafios de preservação e transmissão intergeracional.
A interatividade proporcionada pelos meios virtuais também permite uma participação mais ativa na construção da cultura. As redes sociais, fóruns online e outras plataformas colaborativas possibilitam que as pessoas contribuam ativamente para a criação e discussão cultural. Isso cria uma dinâmica onde a cultura não é apenas transmitida de cima para baixo, mas também é moldada pela interação constante entre os participantes.
A comunicação virtual desempenha um papel central na promoção da diversidade cultural. Ao conectar pessoas de diferentes origens, os meios virtuais promovem o diálogo intercultural, desafiando estereótipos e preconceitos. Isso contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e multicultural.
A expressão “aldeia global” foi popularizada pelo teórico da comunicação Marshall Mcluhan, na década de 1960. Ela descreve a ideia de que, devido aos avanços na tecnologia de comunicação e transporte, o mundo está se tornando cada vez mais interconectado, encurtando as distâncias e criando uma sensação de proximidade global. Nessa “aldeia global”, as informações fluem rapidamente e as fronteiras entre as nações parecem diminuir.
A conectividade global permitiu que as culturas indígenas alcançassem audiências mais amplas do que nunca. A disseminação das filosofias tribais pode ocorrer por meio de meios de comunicação, como a internet, onde as comunidades indígenas podem compartilhar suas tradições, histórias e modos de vida com pessoas de diferentes partes do mundo.
A aldeia global possibilita a troca cultural, promovendo o entendimento e a apreciação das riquezas das culturas indígenas. Festivais, exposições, mídias sociais e outras plataformas permitem que o mundo conheça e valorize a diversidade cultural desses grupos, muitas vezes contribuindo para a preservação e revitalização de suas práticas culturais.
O Brasil abriga uma rica tapeçaria de culturas indígenas, refletindo a diversidade étnica e cultural de suas numerosas tribos. Ao longo das vastas extensões do país, encontramos grupos indígenas com tradições únicas, línguas distintas e cosmovisões diversas.
Desde a amazônia até o cerrado e a região litorânea, os povos indígenas brasileiros apresentam uma variedade impressionante de modos de vida. Cada comunidade tem suas próprias práticas espirituais, artesanato, mitologia e sistemas de organização social. A relação harmoniosa com a natureza é uma característica marcante, manifestando-se nas técnicas sustentáveis de agricultura, pesca e caça.
A diversidade linguística também é notável, com dezenas de línguas indígenas faladas em todo o país. Cada idioma é uma expressão viva da identidade cultural de um grupo específico, transmitindo conhecimentos ancestrais e histórias que moldaram suas trajetórias.
Celebrar e respeitar a diversidade das tribos indígenas brasileiras é essencial para a construção de uma sociedade mais inclusiva e para a preservação do patrimônio cultural único que essas comunidades representam.
Os povos indígenas oferecem lições valiosas para a construção de um mundo melhor, fundamentadas em uma profunda compreensão da interconexão entre todos os elementos da vida. A sabedoria ancestral dessas comunidades destaca princípios essenciais que podem orientar a humanidade em direção a um futuro mais equitativo e sustentável.
Em primeiro lugar, a visão indígena enfatiza a importância da harmonia com a natureza. A terra é considerada uma entidade viva, e a responsabilidade de proteger e preservar o meio ambiente é compartilhada por todas as gerações. O respeito pelas plantas, animais e ecossistemas é central, reconhecendo que o equilíbrio ambiental é vital para o bem-estar de toda a comunidade global.
A noção de comunidade é outra lição essencial. Os povos indígenas valorizam a coletividade, tomando decisões de maneira participativa e considerando o impacto de suas ações sobre o grupo como um todo. A solidariedade, a partilha e o cuidado mútuo são pilares que promovem a coexistência pacífica e sustentável.
Além disso, a diversidade é celebrada como uma fonte de riqueza. As diferenças culturais e individuais são vistas como contribuições valiosas para o tecido social, promovendo um entendimento mais profundo da complexidade humana e enriquecendo as experiências compartilhadas.
A espiritualidade é integrada às atividades diárias, fornecendo uma base para a compreensão da existência e a conexão com forças superiores. Essa dimensão espiritual enfatiza valores como gratidão, humildade e respeito pela vida em todas as suas manifestações.
Em síntese, as lições dos povos indígenas para um mundo melhor incluem o respeito pela natureza, a promoção da comunidade, a celebração da diversidade e a incorporação de valores espirituais na vida cotidiana. Esses princípios oferecem um caminho valioso para uma sociedade mais equilibrada e sustentável, destacando a importância de aprender com as tradições que há séculos vivem em harmonia com o ambiente ao seu redor.
Na visão de um mundo ideal, a harmonia entre seres humanos, a natureza e os espíritos é o princípio fundamental. Nesse paradigma, as comunidades indígenas concebem o planeta como um organismo vivo, onde todas as formas de vida coexistem de maneira interdependente e respeitosa.
A sabedoria ancestral é valorizada, transmitida de geração em geração como uma fonte inesgotável de conhecimento sobre o equilíbrio ecológico, a cura espiritual e a interconexão entre todos os seres. As práticas tradicionais de cultivo, caça e pesca são realizadas de maneira sustentável, respeitando os ciclos naturais e garantindo a preservação dos recursos para as futuras gerações.
A justiça e a igualdade prevalecem, com as decisões sendo tomadas de forma coletiva, envolvendo a participação ativa de todos os membros da comunidade. Os laços de solidariedade são fortalecidos, e a partilha é uma prática comum, garantindo que ninguém fique desamparado.
Na visão indígena do mundo ideal, a espiritualidade permeia todas as atividades diárias, conectando as pessoas à terra, aos elementos naturais e aos ancestrais. A reverência pela diversidade, tanto humana quanto natural, é celebrada como uma fonte de enriquecimento cultural e espiritual.
O mundo ideal na perspectiva indígena é caracterizado pela coexistência pacífica, respeito à natureza, justiça social e espiritualidade, formando uma teia interligada que sustenta a vida em sua plenitude. Essa visão oferece uma inspiração valiosa para repensar as relações humanas com o meio ambiente e entre si, promovendo um equilíbrio duradouro e respeitoso com o planeta, a nossa Aldeia Global.
Victor Farias – Carnavalesco
BIBLIOGRAFIA
- Understanding Media: The Extensions of Man (1964) – Marshall McLuhan
- A Aldeia Global: Transformações na Vida Mundial e na Mídia no Século 21 (1989) – Marshall McLuhan e Bruce R. Powers
- Globalization and Its Discontents (2002) – Joseph E. Stiglitz
- As Consequências da Modernidade (1990) – Anthony Giddens
- Povos Indígenas no Brasil (2011) – Instituto Socioambiental (ISA)
- Povos Indígenas no Brasil 2006/2010 (2011) – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
- O que é etnocentrismo (2002) – Eduardo Viveiros de Castro
- A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami (2010) – Davi Kopenawa e Bruce Albert
- Os Povos Indígenas no Brasil: da Colônia aos Dias Atuais (2018) – Manuela Carneiro da Cunha
- O eterno retorno do encontro (1999) – Ailton Krenak
- Os Povos Indígenas e a Construção do Brasil – Aziz Nacib Ab’Sáber
- Indigenism: Ethnic Politics in Brazil – Alcida Rita Ramos
- Os Índios antes do Brasil – Eduardo Viveiros de Castro
- Povos Indígenas no Brasil: O que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje –
- Instituto Socioambiental (ISA)
Regras do Concurso: | Enviar o áudio em MP3 junto da letra para o whatsapp 051997032789 Dúvidas poderão ser tiradas com o carnavalesco Victor Farias através do whatsapp 02198507-4427 Prazo final: 07/05/2024 |
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