No Carnaval Virtual 2024, a Cangaceiros homenageará Max Lopes

Nome da Escola:Clube Carnavalesco Virtual Cangaceiros
Data de Fundação:15/11/2011
Cidade/Estado:Jaboatão dos Guarararpes – Pe
Símbolo da Escola:Facão, Baioneta e Árvore Lindeira
Cores da Escola:Verde e Rosa
Instagram da Escola:@ccvcangaceiros
Nome do Presidente:José Mauro da Silva
E-mail para Contato:ccvcangaceiros@gmail.com
Nome do Carnavalesco:Charlton Jr.
Intérprete:Procurando um
Outros Integrantes:Ewerton Fintelman – Vice Presidente Beto Monteiro – Diretor Musical
Enredo:Coisas do Brasil
Autor do Enredo:José Mauro (JMauro)

JUSTIFICATIVA

Após o falecimento daquele que ficou conhecido no meio artístico-cultural da folia brasileira como o “mago das cores”, pelo impressionante domínio das tonalidades em seus trabalhos pelas várias escolas de samba que passou, o Clube Carnavalesco Virtual Cangaceiros vem neste carnaval virtual de 2024 homenagear o carnavalesco Max Lopes (in memorian), com um enredo inédito, o qual ele externou vontade de fazê-lo, em entrevista concedida ao Fundador desta agremiação, José Mauro (JMauro), no canal do Youtube “Sambario”, em junho de 2020, chamado “Coisas do Brasil”. Esta é uma forma singela de retribuição a todo arcabouço deixado pelo artista, cujo legado é uma das forças que impulsionam o Jmauro, e tantos outros, a amar o carnaval feito pelas escolas de samba do Rio de Janeiro, pois ele é fã incondicional de Max Lopes e por isto se justifica todas as honrarias não só deste Clube, mas de todos os outros grêmios recreativos que fazem parte da LIESV Carnaval Virtual.

INTRODUÇÃO

Esta Sinopse terá como fio condutor a entrevista citada na justificativa, em um verdadeiro vislumbre de como seria Max Lopes narrando suas percepções acerca das suas andanças pelo país pesquisando sobre o enredo “Coisas do Brasil” e de como seria esta sinopse, caso ele realmente a tivesse escrito, coletando várias informações, desde manifestações artístico-culturais, passando pela religiosidade, comidas típicas, frutas e invenções que tão somente são tipicamente criações ou endêmicas do Brasil. Um desafio e tanto para o Clube Carnavalesco Virtual Cangaceiros, que encara de ótimo grado esta homenagem ao “Mago das Cores”

SINOPSE

Olá meninos, aqui é o Max Lopes, aquele que vocês costumavam chamar de Mago das Cores.

Lembram que uma vez em uma entrevista vocês me perguntaram qual enredo eu não fiz e gostaria de ter feito? Pois hoje eu tenho uma resposta pra vocês.

Nós temos que fazer o enredo Coisas do Brasil, que só tem aqui! Imaginam como seria né? Bem, posso viajar um pouquinho com vocês, meninos?

Ah, não seria, vai ser, porque já vi tanta coisa por este país, onde eu fui pesquisar sobre outros carnavais que fiz.

Poxa, veja só: vocês tem ideia de que o Candomblé e a Umbanda são religiões só daqui? Exus e Pombagiras só abrem os caminhos para nós, que bom né?

Fiz um enredo sobre o Rio São Francisco, que corta desde as Minas Gerais até chegar em Sergipe, ou seja, é só daqui. Mas sem dúvidas lembro muito de quando fui a Olinda e comendo tapioca no Alto da Sé junto com o Prefeito da Cidade, ele falou: – Max, Olinda não tem somente o Frevo (passei um mico tentando dar uns passos com a sombrinha na mão), tem o Maracatu, o Coco de Roda e os bonecos gigantes. Bobinho, como seu eu não soubesse disso, pois também são coisas que só tem no nosso país.

Não posso esquecer do Carimbó e do festival do boi bumbá, lá de Parintins. Aquela rivalidade entre Garantido e Caprichoso, lendas indígenas…é lindo demais. Só não esquecer que no Maranhão, essa manifestação é chamada de Bumba-meu-Boi. Pros meus amigos do Sul não se incomodarem, vou chamá-los pra tomar um chimarrão enquanto a gente vê uma dança Chula e o Vanerão. Tem Folia de Reis, tem Cavalhada…o Brasil é grande demais

Meninos, eu falei tanto de comida né? Parece que como o dia todo, mas devo confessar que comi muito Cuscuz com carne de sol e baião de dois, encarei um acarajé com bastante caruru e vatapá (comi e me desarranjei, pra não dizer outra coisa) quando tive pelo nordeste.

Porém, como bom carioca que sou, nada substitui minha feijoada e, quando tô no meio da rua, com pressa, como uma coxinha e ainda peço um brigadeiro de sobremesa. É minha gente, tudo isso é coisa nossa !

Daí vocês me perguntam: andasse tanto pelo país e não comeu uma fruta sequer “made in brazil”? Claro que comi: Açaí lá no Pará, puro com farinha de mandioca; suco de Cupuaçu, de graviola, de pitanga e, não posso esquecer de citar a jabuticaba, aquela morena quase pretinha, doce, maravilhosa. Eita, como posso esquecer dela, do grande olho amazônico, o Guaraná?

Vocês parecem que são “católicos”: não bebem (risos). Bora tomar uma caipirinha qualquer dia desses, drinque que é de uma bebida brasileira: a cachaça, que foi enredo da minha amiga Rosa Magalhães lá na Imperatriz (perdemos pra ela naquele ano). Já falei do guaraná fruto, mas tem o guaraná refrigerante e também a cajuína…vocês já tomaram? Tomei na feira de São Cristóvão. Ah, lá também tem um licor de Jenipapo ótimo. Amigos do sul, tomei chimarrão também, viu!

Vocês gostam de outras músicas fora do Samba né? De vez em quando, pra dar aquela relaxada, que eu não sou de ferro, escuto um pouco de Bossa Nova e pra lembrar do meu trabalho mais admirado por vocês, o de 2002, me arrisco ainda num forrózinho pé-de-serra das festas juninas (risos)

Já tô falando demais né? Que silêncio! Então vou só pra passar essas das músicas junto com os meus trabalhos. Tem o sertanejo raiz, lá do interior das Minas Gerais que fiz em 2004. Até pra me recordar da Bahia, eu tô pensando que o batuque do Olodum lá no Pelourinho: o Axé Music também é daqui. Olha, mas se meu corpo desse eu ia bater cabelo um dia desses, quando eu “curti de boa” a Joelma cantando o puro tecno brega do Pará.

Aff, cansei de dançar e já já vou me deitar numa rede que veio lá de Fortaleza. Sabia que, apesar de ter muito no Nordeste, aquilo foi feito pelos indígenas e é muito comum naqueles barcos Amazônicos? Ah e me veio na cabeça agora que a gente falou, falou tanto e esquecemos de um artesanato lindo, muito lindo, lá do Centro-Oeste e que daria enredo: o capim dourado do Tocantins.  

Deixa eu tomar uma água pra aguentar falar tanto(….), Eu me empolgo, peço até desculpas, meninos por isso! Mas não posso deixar de fora dessa parte artística que só tem no Brasil, os 100 anos do movimento modernista. Já foi até campeão na Estácio em 92 e deu uma identidade enorme ao Brasil, não só nas pinturas, mas na poesia, na literatura que dali pra frente mostrou ao mundo que a gente não era só uma “terra de índios” e sim que produzimos cultura.

E nas esculturas tem duas vertentes que eu amo de paixão e já fiz carnaval sobre, como vocês bem sabem: A arte em pedra sabão barroca do Aleijadinho (e mais uma vez voltando as Minas Gerais) e a cerâmica Marajoara lá no Marajó: aquilo não tem semelhantes em nenhum lugar do país, imagina no mundo?

Agora vou puxar a sardinha pro meu lado: O Samba é a maior criação artística do nosso Brasil. Não sei se vocês concordam comigo nisso, mas eu acho que é mesmo. Dele saíram o samba de enredo, que grandes compositores nos deram obras memoráveis com minha sinopses, nas minhas passagens pela Unidos de Lucas (escola que eu comecei), Imperatriz, Mangueira, União da Ilha (foi lá nesta época que ganhei o título de “Mago da Cores”), Viradouro, Porto da Pedra, São Clemente, Santa Cruz, Sossego, Vila Isabel, Grande Rio, Arrastão de Cascadura, Gaviões da Fiel e Estácio de Sá.

Fui muito feliz como carnavalesco de todas estas escolas. Como vocês sabem, ganhei na Imperatriz, com “Liberdade, Liberdade” e na Mangueira, com “Yes, nos temos Braguinha” e “Brazil com Z”, falando do nosso Nordeste. Guardo todas no coração, todos os enredos. Alguns eu guardo com carinho, como o “É hoje” da União da Ilha e o dos Ciganos, na Viradouro.

E agora infelizmente tenho que ir, meus amigos. Fui chamado pelo Pamplona para fazer um novo enredo com ele, lá no céu e os anjos negros vestidos de branco, da comissão de frente de “Raízes” da Vila Isabel, estão me esperando aqui. Deixo essa sinopse que narrei para vocês da Cangaceiros brilharem no Carnaval Virtual de 2024. Ficarei torcendo por vocês. Beijos a todos e até um dia!

Regras do Concurso:Receberemos samba até o dia 01 de maio de 2024
Os compositores poderão fazer quantos sambas quiser em 1 ou 2 passadas
Letra em formato Docx e melodia em formato MP3 enviar exclusivamente para o ccvcangaceiros@gmail.com
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