Nome da Escola: | G..R.E.S.V. Lagarto Feroz |
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Data de Fundação: | 03/03/2017 |
Cidade/Estado: | Rio de Janeiro – RJ |
Símbolo da Escola: | Lagarto |
Cores da Escola: | Vermelho, Preto e Branco |
Instagram da Escola: | @lagartoferoz |
Nome do Presidente: | Erick de Lima da Silva |
WhatsApp para Contato: | 21980535580 |
Nome do Carnavalesco: | Everton Santana |
Intérprete: | Letícia Jesus |
Outros Integrantes: | Vice-presidente: Erick Araújo 1° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Wendel Machado & Vitória Devonne 2° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Pedro Figueiredo & Lívya Bergman Rainha de Bateria : Mariana Mello Madrinha de Bateria : Juliana Ribeiro Princesa de Bateria : Camilla Ventura |
Enredo: | Noite Cheia de Estrelas |
Autor do Enredo: | Erick Araújo |
Tum-tum, tum-tum, tum-tum. O velho coração se acelera para não mais voltar. Euterpe anuncia que chegou a hora de partir. E ante esta última traição, vejo a vida que levei passar pelos meus olhos.
Quando jovem me encantei pelas apresentações de Bahiano e Eduardo das Neves e daí cresceu em mim o desejo de me tornar um cantor. Me exibia para todos que quisessem me ouvir e assim acabei me apresentando em choperias e clubes recreativos, sempre cantando a toada “Luar do Sertão”, a música que mais bisei.
E como o povo gostava dos costumes sertanejos. Os encenei em operetas de sucesso, assim como surgi ao mundo profissional da música nas velhas revistas com suas vedetes elegantes e trabalhei nas grandes óperas. Quando mais reconhecido nesse mundo, adaptei minhas canções em teatro e cinema. E a partir destes os risonhos palhaços encenarem-nas para o povo em seus picadeiros.
Lembro-me de quando cantei as serenatas e serestas, com seus músicos entregues à melancolia ou ao amor, enquanto os pescadores, debaixo de uma noite cheia de estrelas, cantarolavam no mar das sereias e os trovadores dedilhavam o som plangente dos violões na esperança de conquistar a dama querida, clamando pelo amor desta debaixo de sua janela.
Entoei o desamor e a ingratidão. Cantei sobre como a “ingrata” poderia magoar o coração do pobre apaixonado, que verte lágrimas de sofrimento, transformando o amor em folhas perdidas ao vento ou tornando-se espinhos que machucam um poeta, apenas para zombar de seu sofrer.
Mas também teci elegias sobre o amor divinal, o qual se transpõe em cupido e nas mais belas flores, carregando-me, como as ondas do mar, para os braços de minha doce Gioconda e eterna parceira, Gilda.
Ah, coração! Cantamos e vivemos tanto nessas décadas de cantoria. Não alimentei ilusões de sucesso duradouro ou acreditei que a velha canção seria imortal. Hoje, lancei a voz como nunca no último ensaio de minha vida profissional e arranquei lágrimas do maestro e de todos os presentes, pouco antes da homenagem que aqueles jovens que se dizem “tropicais” queriam fazer para mim, se propondo até a gravarem meus sucessos. Mesmo que eu me vá, minha obra ainda estará aqui.
Tum-tum, tumm-tummmm, tummm-tummmm… O velho coração para de bater. E após vislumbrar as lembranças, este velho tenor segue seu rumo para o infinito enquanto em terra o povo saúda: “Vicente Celestino, a voz orgulho do Brasil”!
Referências
ABREU, Gilda de. Minha vida com Vicente Celestino. São Paulo: Butterfly, 2003.
AGUIAR, Ronaldo Conde. Os reis da voz. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
AZEVEDO, M. A. de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CATULLO – INTÉRPRETE: TENOR VICENTE CELESTINO. Intérprete: Vicente Celestino. Rio de Janeiro: RCA Victor, 1952. 1 disco.
GUERRA, Guido. Vicente Celestino, o hóspede das tempestades. Rio de Janeiro: Record, 1994.
NOITE CHEIA DE ESTRELAS. Intérprete: Vicente Celestino. Curitiba: Revivendo, 1994. 1 CD.
SAUDADE, PALAVRA DOCE. Intérprete: Vicente Celestino. Rio de Janeiro: RCA Victor, 1960.
SEVERIANO, Jairo; MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras (vol. 1: 1901 – 1957). São Paulo: Editora 34, 1997.
TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. São Paulo: Editora 34, 1998.
TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: segundo seus gêneros. 7ª ed. rev. São Paulo: Editora 34, 2013.
VICENTE CELESTINO. Discografia Brasileira, Instituto Moreira Sales. Disponível em: <https://discografiabrasileira.com.br/artista/1669/vicente-celestino>. Acesso em 14 de janeiro de 2024.
VICENTE CELESTINO E SUAS CANÇÕES CÉLEBRES. Intérprete: Vicente Celestino. Rio de Janeiro: RCA Victor, 1961. 1 disco.
VICENTE CELESTINO – VOLUMES 1, 2 E 3 (coletânea). Intérprete: Vicente Celestino. Curitiba: Revivendo, 2003. 3 CD.
VICENTE CELESTINO – VOLUMES 4, 5, E 6 (coletânea). Intérprete: Vicente Celestino. Curitiba: Revivendo, 2003. 3 CD.
Regras do Concurso: | – O compositor pode enviar quantos sambas quiser – Os sambas podem ser enviados em solo ou em parceria – Áudio do Samba: Não é necessário enviar duas passadas do samba – Formato de recebimento dos sambas: Os sambas (letra e áudio) devem ser enviados via e-mail (lagartoferoz2017@gmail.com) ou Whatsapp (21980535580) – Prazo final para recebimento dos sambas: 12/05/2024 – Qualquer dúvida podem entrar em contato conosco via e-mail, Whatsapp ou através do nosso Instagram (@lagartoferoz) – Sejam criativos compondo e divirtam-se! |
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