Castelo mostrará a “Essência de Ubuntu” no Carnaval Virtual 2024

Nome da Escola:Gremio Recreativo e Escola de Samba Castelo
Data de Fundação:01/04/2018
Cidade/Estado:Batatais SP
Símbolo da Escola:Castelo, roseira e beija flor
Cores da Escola:Rosa e branco
Nome do Presidente e Carnavalesco:Danilo Santiago Moraes
Intérprete:Pixule
Outros Integrantes:Presidente de Honra: Dr. Castro
Diretores de Audio: Gabriel Nunes e Marcus Lopes
Enredo:A Essência de Ubuntu – Na Castelo você tem valor – Sawabona Shicoba um ritual de amor
Autor do Enredo:Danilo Santiago

APRESENTAÇÃO:

Na essência dos costumes dos povos do sul da África, apresentamos a essência do Ubuntu – A Humanidade para todos, “Sou quem sou, porque todos somos em um só”, e o Sawabona Shikoba – Eu sou bom, “Eu te respeito, eu te valorizo, Então eu existo para você”.

Pedimos igualdade, respeito, valorização da vida, das crenças e da fé, e a paz entre os povos.

Contaremos a nossa história através dos costumes e essência dos povos do sul da África dividido em 4 setores.

1º setor: A Essência Africana dos Deuses e Antepassados.

2º setor: O elo de conexão com o mundo espiritual.

3º setor: A essência Africana refletida no mundo da natureza e dos humanos.

4º setor: Resistência, Respeito, Igualdade, Empatia e a Paz.

Através da essência dos povos africanos levantaremos as bandeiras de resistência do povo preto, a luta pela igualdade, independência e paz. Abordaremos a luta LGBTQIA+, e a luta da mulher por direitos e igualdade.

Exaltaremos:

Nelson Mandela (símbolo de luta pela igualdade racial e pelos direitos humanos).

A trajetória de Nelson Mandela reflete a incansável luta de um líder africano negro contra o regime de segregação racial instituído na África do Sul no final da década de 1940, e que durou mais de 40 anos.

Martin Luter king (grande líder pacifista de 1955 a 1968).

Lutou incessantemente pelos princípios de liberdade e igualdade, e pelos direitos civis na América e o combate pacífico contra o preconceito racial.

Mahatma Gandhi (ativista indiano).

“Lutou” durante as décadas de 1920 a 1940 pelo fim do regime colonial inglês e pela independência e pacificação da Índia).

SINOPSE

No mundo dos Deuses e antepassados, os Odus revelam o caminho e o destino através do Senhor dos Segredos de Ifá – Orunmilá, o guardião e divindade detentor da sabedoria encarregado de organizar e ordenar o mundo nos caminhos do bem.

Laroyê, Exú! O mensageiro, protetor dos Odus e Ora yê yê ô, Oxum! A Mãe Senhora merecedora do conhecimento dos Odus, levam consigo os segredos dos Odus para revelar o seu destino.

Na criação do mundo na visão Africana – A divindade de Olodumaré dá à Obatalá a sublime missão de criar a vida humana através do barro e ao som dos tambores ancestrais, o fogo ilumina o solo sagrado e forma-se de um sopro a vida, o primeiro “Ser”.

Na essência do Sawabona Shikoba, eu sou bom… Acredita-se que todo ser humano nasce bom e de coração purificado. Mas, ao longo de seu percurso de vida, nossas escolhas nos desviam desses caminhos de bondade e fraternidade.

Afinal… Ninguém é só, e ninguém vive só. Somos uma sociedade, onde todos precisam de todos, e todos juntos somos um só. Na essência do Ubuntu nos denominamos humanos.

No mundo dos Deuses e antepassados, toda existência é sagrada para os povos Africanos, acredita-se que há um pouco do divino em tudo que existe no universo.

Nos rituais de purificação os símbolos dos rostos pintados, o uso de máscaras e o fogo ancestral, ajudam na transição e conexão espiritual aos três mundos: Humano, Espiritual e o da natureza.

O Sawabona Shikoba é um ritual de reconexão do ser consigo mesmo.

Costume de origem dos povos do sul da África, esse ritual de amor é tradicionalmente feito pela tribo Babemba.

Ele ocorre quando uma pessoa da tribo comete algum erro se desviando de seu real caminho da bondade.

A pessoa é levada ao centro da aldeia, o ritual inicia-se e dura dois dias.

A tribo se veste em ritual, pintam os rostos e os corpos, usam máscaras, preparam seus trajes…

Acendem o fogo no centro da tribo, e ao decorrer do ritual as pessoas ao som ritmado dos tambores fazem a conexão com seus espíritos ancestrais através das danças, dos cânticos entoados e marcados no bater das palmas das mãos e no bater dos pés ao solo, dessa forma o ritual é feito e no centro do círculo o “Ser” ouve de toda a tribo os feitos de bondade que fez ao longo de sua vida para que ele possa refletir sobre seu erro e voltar à essência de um ser bom.

No final do ritual o círculo é desfeito e o “Ser” é reconectado a tribo e integrado novamente à sua comunidade.

O Sawabona Shikoba é um ritual de amor e bondade.

No mundo da Natureza, como símbolo ancestral dos costumes africanos, o Baobá (árvore centenária, símbolo da vida e da espiritualidade) personifica o espírito africano e é importantíssimo para todas as tribos, auxiliando-os como templo de sabedoria. Os velhos Baobás de troncos fortes e enormes suscitam a força ancestral e são testemunhas imemoriais do tempo, verdadeiros pilares de proteção e afeto de energia espiritual.

No mundo dos Humanos, a existência do homem na cosmovisão africana está estabelecida no universo influenciado pelas ordens dos seres introduzidos na natureza. Para a tribo Babemba cada ser humano vem a Terra para ser bom, todos desejamos amor, união, segurança, perdão,

felicidade, respeito e dignidade… Mas, na busca incansável para alcança-los cometemos erros e nos desviamos da nossa essência.

Na África Ocidental, Sundiata Keita (1190-1255) libertou o povo do Reino Sosso matando o Rei Sosso com uma flecha envenenada, se tornando o Rei do Império Mali, e ficando conhecido como o Rei Leão, que libertou o povo da escravidão, e escreveu a Carta de Manden, conhecida como a Carta dos Mandinga (Os valores presentes na Carta, ainda que situados historicamente séculos antes dos tratados ocidentais, contemplam o que convencionou-se chamar de direitos humanos no Ocidente).

A carta reúne, através de um levante da cultura local, das músicas, dos espetáculos e daquilo que as nações carregam consigo, os artigos construídos em coletividade. Recomendações a respeito da propriedade, do direito à vida, do trato de mulheres e crianças, e se aproximam de tal maneira de diretrizes aceitas hoje pela ONU, demonstrando como a tradição oral pode ser uma potente ferramenta de conservação de ricos conteúdos da história humana, seus acordos e organizações.

Carta de Manden – citação de 2 artigos

Artigo 4: A sociedade está dividida em “classes” de idade. Para representar cada uma delas será eleito um chefe. Fazem parte de cada classe de idade, pessoas (homens ou mulheres) nascidas no período de três anos consecutivos. Os kangbés (jovens e velhos estrangeiros) devem ser convidados a participar na tomada de grandes decisões a respeito da sociedade.

Artigo 5: Cada um tem direito à vida e à preservação de sua integridade física. Por consequência, todo atentado contra a vida de seu próximo será punido por pena de morte.

Essa carta foi reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural imaterial da humanidade e a primeira declaração de direitos humanos datados na história.

A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma organização internacional fundada em 1945 para intermediar as relações internacionais, harmonizar a ação das nações diante de objetivos comuns, atuar para o desenvolvimento mundial e garantir a paz, também reconhecem a carta como parte fundamental do princípios dos direitos humanos que transcendem a paz.

Muitos são os nomes que levantaram suas bandeiras, entre eles destacamos: Mandela, e Martin Luther king, e aquele que lutou mesmo sem armas pela busca incansável da paz, Mahatma Gandhi.

Queremos nos libertar das amarras que a vida nos impõe, com atitude, e cantando a negritude, e a igualdade seja ela qual for, assim, conseguiremos levantar nossa bandeira, e semear o respeito e a paz.

Em tempos incertos e conturbados, em pleno século XXI, ainda temos que assistir a intolerância religiosa, a homofobia, o feminicídio, a injuria racial, o racismo, e o ódio que toma conta da humanidade.

Basta! Chega de dor, queremos mais empatia e menos desigualdade.

A Castelo, estende o seu manto Rosa e Branco e exalta a voz da igualdade, do respeito, da valorização da vida… Seja ela de qual cor, sexo ou religião for.

Na Castelo, todos juntos somos um só, e unidos vamos fazer ecoar o clamor que vem da mãe África, afinal… Na Castelo você tem valor!

Regras do Concurso:Esse enredo estado escalado para ser apresentado em 2023, como não conseguimos desfilar, não haverá concurso de samba, porque já escolhemos o nosso samba neste ano, não vamos reabrir o concurso.
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