Carnaval Virtual 2023 – Em seu retorno à LIESV, a Altaneiros do Samba trará o enredo “Ratanabá-Delírios civilizatórios, tupy or not tupy?!”

Após saída em 2019, a Altaneiros do Samba retorna à LIESV, com enredo “Ratanabá-Delírios civilizatórios, tupy or not tupy?!”, que será desenvolvido pelos carnavalescos Júlio Rosolen e Artur Cardoso.

Confira a entrevista concedida pelo presidente, Afonso Celso Fonseca:

1 – Como conheceu a LIESV e por que a escolheu?

No caso da G.R.E.S.V. Altaneiros do Samba, conhecemos a LIESV no ano de 2004, e após 1 ano de fundação, a escola se inscreveu para seu primeiro desfile por esta Liga ocorrido em 2006.

Após o desligamento, em 2019, escolhemos retornarmos para continuarmos em nossa jornada e escrevermos novas páginas na história do Carnaval VIrtual.

2 – Qual a história da sua escola, como e onde foi fundada, qual o motivo, quais as cores, símbolo e nome?

A história do nosso cisne altaneiro tem o seu nascedouro no extinto site “Esquentando os Tamborins”, na época, os fundadores da agremiação faziam parte do fórum de debates desse espaço e tendo o conhecimento da então Liga de Carnaval Virtual, resolveu-se fundar o G.R.E.S.V. Altaneiros do Samba, a saber, Fernando Peixoto, Leonel Alves, Abraão Júnior e Afonso Celso (Cecel Altaneiros) foram os responsáveis pela constituição da mesma.

O nome foi inspirado no trabalho realizado pela comissão de frente da Imperatriz Leopoldinense, no desfile de 2005, cujo homenageado pelo enredo foi o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, carinhosamente apelidado de “Cisne Altaneiro”; logo o cisne branco com uma coroa na cabeça foi adotado como o primeiro símbolo da institução.

O segundo símbolo contido no pavilhão é o Sol, pelo qual recebe a alcunha de Altaneiro (elevado, grande, poderoso), portanto, pela sua magnitude. As cores adotadas na arte da bandeira são o branco em alusão ao cisne branco, o azul referente ao lago onde pousa o animal símbolo, o amarelo e laranja são apresentados em decorrência das cores que refletem no órgão estelar.

3 – Qual será o enredo da sua escola e como ele será contado na Passarela virtual (quantas alas, alegorias e demais elementos)?

O enredo da agremiação para o Carnaval 2023 é “Ratanabá – Delírios civilizatórios, tupy or not tupy?!”, o tema será apresentado na Passarela do Samba Virtual como um grande delírio “ufo-parintim” onde apresentamos todas as características apresentadas na Teoria da Conspiração apresentada pelo então secretário da comunicação Mauro Frias pertencente ao governo de Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ) para acobertar as críticas relacionadas ao assassinato do jornalista britânico Dom Philips e do ambientalista brasileiro Bruno Pereira, ocorrido em 05 de junho de 2022.

Para isso contamos toda a história envolvida nessa teoria a partir da escritura de todos os elementos relacionados ao ambiente original de Ratanabá que seria uma cidade perdida no meio da Amazônia, mais precisamente no estado de Rondônia e a partir desse local narrar uma aventura onde ocorre um congraçamento de povos em um ritual de Ayahuasca e em meio a essa pajelança seres maliciosos tentam controlar a mente dessas pessoas, com mentiras e morte.

Por isso, contrastamos a narrativa empregada pelo grande demônio amarelo apresentado pelo texto de nossa sinopse com a realidade apresentada no Festival Folclórico de Parintins, com a apresentação de todos os itens apresentados por esse evento e também com todas as figurações estéticas e visuais que darão forma ao enredo.

PROJETO DO DESFILE:

Número de alas: 21;
Número de alegorias: 4;
Número de tripés: 2;
Número de elementos cênicos: 4.

4 – Como a equipe da sua escola foi montada e quem faz parte dela?

A G.R.E.S.V. Altaneiros do Samba foi formada com muita determinação pelo seu presidente administrativo Afonso Celso (Cecel Altaneiros) e conta com a participação dos carnavalescos Julio Rosolen e Artur Cardoso, responsáveis pela pesquisa do enredo e realização do desfile da agremiação;

No setor musical contamos com o trabalho de Robson Maurício na direção fonográfica da instituição e produzirá o samba enredo do Carnaval 2023 com a intérprete Bia Lopes.

5 – E o samba enredo, vai fazer eliminatórias de samba ou vai encomendar? Se for eliminatórias, quais as regras da disputa, pra onde os compositores devem mandar os sambas e etc?

REGRAS PARA CONCURSO DE SAMBA ENREDO DA (DIGITE O NOME DA ESCOLA AQUI) – LIESV CARNAVAL VIRTUAL 2023

– Data limite para entrega dos sambas: 25/04/2023;

– Divulgação do Samba Campeão: 29/04/2023;

– Poderá ser feito solo ou em parceria de compositores?

Ficaria a critério do compositor ou da parceria, podendo participar composições de um único assinante, bem como parcerias com no máximo 4 integrantes;

– É necessário envio do áudio com no mínimo uma passada do samba, acompanhado ou não, de instrumentos?

O áudio enviado pode ser feito apenas com a voz de um compositor ou de profissional vigente, com duas passadas da obra concorrente.

Confira abaixo a logo e a sinopse do enredo da Altaneiros do Samba para o Carnaval Virtual 2023:

Era dia 22 de dezembro de um certo ano longínquo…

Pesquisas apontam o aparecimento de uma cidade perdida, sim, esquecida lá no meio da Amazônia, local vasto e rico e com uma pujança cultural surpreendente, digno dos filmes e com uma energia sobrenatural, são coisas que vão além e arrepiam até o mais pessimista ser humano.

A região entranhada no interior da mata com seus túneis subterrâneos apresenta ligação com todas as regiões do planeta e assim em forma de união produzem em seu ritual todo o expurgo material presente neste plano, fazendo até quem não acredita em entidade aderir a esse chamego.

O elixir da prosperidade unia os povos em torno da Ayahuasca e servia a todos em uma força ritualística impressionante para nenhum boiadeiro sequer, com seu chicote poder botar defeito.

Eh Boi, eh Boi, a história começou, eh Boi, eh Boi, o delírio se expressou!

Surgia então um povo sem defeitos, perfeitos e totalmente despidos de qualquer malfeitor, nesse caso, da forma mais literal possível, com os traços corporais expostos para todo mundo e até Deus verem.

Diziam até que seres extraterrestres faziam uma visitinha marota de vez em quando, eles eram doidinhos para terem contato com seres tão evoluídos e sábios, aliás, quem não gostaria, né?!

Vem avistando uma civilização acima de qualquer expectativa, daquelas de fazer qualquer um pirar, alucinar e sair do seu corpo para fazer contato com entidades altamente espiritualizadas no meio do maior núcleo verdejante com as figurações de uns majestoso seres máximos da floresta em vestimentas plurais, arrepiam Tuxauas Internacionais.

Ih, vem incorporando em nosso reinante cisne branco emoldurado pela fauna e flora, com as bênçãos do Cipó-Timbó, erva medicinal encontrada em meio à selva e por isso, demonstra a sua força de cura para a população local, cercada por rios caudalosos e também por uma força natural estonteante, onde cada folha e flor é a força de nutrir a alma.

E assim abrem-se os portais da fantasia, de delírios e alucinações em Ratanabá…

Área de profunda magia, de mistérios impressionantes, fruto da mátria ameríndia, local para nenhum povo sequer botar defeito, belezas naturais exuberantes, arquitetura majestosa no meio da mata.

Um poder impressionante perdurava naquela sociedade, perfeita em forma e em organização, nada podia detê-los, com a sua sabedoria ancestral e equipamentos tecnológicos impensáveis até então, faziam deles as espécie mais evoluída entre todos na construção de uma rede impressionante e que até a atualidade seria motivo de cobiça.

E não poderia ser diferente, né?!

Quem perderia a oportunidade de bater um bom bate-papo com os ugha mongulalas, de derma clara e cabelos azulados e quase negros traçavam a relação entre a lida com o cotidiano e os deuses.

Não tinha jeito, era para entrar no ritmo ao som das flautas e dos batuques, fazendo ecoar na marujada a sensação de literalmente sair do próprio corpo, êh iaiá, que o siricutico vem chegando sem ninguém perceber, te abraçando e fazendo-lhe personagem dessa dança que vai além da pele.

Deu até um arrepio nos poros, sambam e bailam ao som da toada!

Alô galera, a emoção irá contagiar!

Tremendo o solo, a massa reflete com os sábios o desejo da formação de um núcleo habitacional justo, com igualdade e sem ódio, apenas a paz e o amor seriam resplandecentes neste lugar e seguiram abraçados em comunhão, na ritualística cabocla e plural.

Portanto, essa perfeita região seria fruto de enorme cobiça…

E embarcada na Mad Maria, uma grandiosa criatura assombrosa, semelhante à uma lacraia fúnebre, vem chegando consigo carregando espíritos incandescentes e maléficos sob trilhos da morte através de uma ideologia fascinante para mentes frágeis e sedentas pelo sangue ameríndio.

Reza a lenda que ela chegou botando banca, mostrando o que era para ser feito e surrupiando a alma de muita gente, era a presença do Diabo encarnado em solo americano, pronto para fazer sorrir e chorar.

Vestidos de vestes em tons solares, torcedoras do Boi Amarelo da Cara Emburrada com a sua força de vontade de contrariar a tudo e a todos, empregou a força e os discursos trajados de mentira e piadas de péssimo gosto.

Assim, conturbando o ambiente espiritual e causando ira aos deuses locais, até porque o povo dali era danado.

E vem chegando o ancião Iga, um forte xamã encarnado em pajelança, com o axé da ciranda e do carimbó, um clamor de cultura e um urro contra a baixa estima.

Bebam do “caium”, embebem-se e fazem a festa ocorrer!

Independentemente do que possa a vir acontecer, ninguém mexe nesse terreiro, essa área é nossa, essa área é avermelhada Brasil, da brasa dessa gente quente e esplendorosa.

Bacanérrimos nesse Carnaval Altaneiro, brindamos com o Boi Vermelho da Ciranda Arretada, e seus furiosos defensores, fazendo vaqueirada e um processo cooperativo por um Mundo com mais respeito, alegria e um axé incrível.

Fazem encontro com as egípcias em solo desértico, esculpindo as pirâmides e construindo novos paradigmas sociais, com direito à folguedos e paticumbums impressionantes.

Agora, fica o grande questionamento, para qual lado torcer?!

Qual Brasil a gente quer?!

Qual organização queremos para todos nós?!

Os tesouros de Ratanabá são Tupy or not Tupy?!

Autores do enredo: Júlio Rosolen e Artur Cardoso.

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