No limiar do além, Dante se ergueu,
Pelas sendas da alma, seu destino teceu.
Na "Divina Comédia", a jornada se inicia,
Pelos abismos do Inferno, a busca se desdobra.
No primeiro canto, o Inferno se revela,
Com suas profundezas onde a dor apela.
Nove círculos sombrios, cada um pior que o outro,
Onde as almas pagam por seu fardo tão duro.
No círculo das trevas, os traidores jazem,
Em chamas eternas, sua culpa jamais se desfaz.
Dante vê Virgílio, o guia em sua empreitada,
Pelos abismos do Inferno, onde a alma é flagelada.
Do Inferno ao Purgatório, a jornada se ergue,
Entre penitências e preces, a alma se refaz.
No monte do purgar, sete terraços se desdobram,
Cada um para um pecado, onde a alma se torna.
No Purgatório, a esperança resplandece,
A redenção é possível, mesmo que a dor estremece.
Dante encontra almas que buscam o perdão,
Para alcançar o Paraíso, a suprema visão.
E então ao Paraíso, Dante ascende em luz,
Guiado pela doce Beatriz, em graça seduz.
Pelas esferas celestes, ele voa em esplendor, T
estemunhando a glória divina, em amor.
No Paraíso, a união com o divino se alcança,
Onde a alma se une ao Criador em dança.
A visão de Deus, a mais sublime verdade,
Em raios de luz, revela a eternidade.
Assim, na "Divina Comédia", Dante nos guia,
Pelos abismos do Inferno, à luz do Paraíso,
Uma jornada épica, de redenção e fé,
Onde a alma busca a graça, até o derradeiro véu.